Sexta-feira, 9 de setembro de 2022 - 09h07
1-09
de Setembro – Um 07 de setembro fora de época.
Quando
o pintor Pedro Américo criou a imagem absolutamente falsa e ufanista do momento
em que D. Pedro I no dia sete de setembro, às margens do riacho Ipiranga teria
proclamado a independência do Brasil, mal sabia que 200 anos depois o Brasil
iria alterar a data por desvelo de meia dúzia de seis pessoas sem qualquer
importância histórica para o Brasil e que se arvoraram a donos do Sete de
Setembro. Enxerido, declaro que esta minha hebdomadária coluna de hoje, sexta
feira, 09 de setembro, é também histórica e por minha conta e risco assumo que
é a minha “Coluna da Independência do Brasil”. Ora, se Bolsonaro pode,
Alexandre pode, Pacheco pode, Lira pode, Randolfe pode e mais alguns podem,
inclusive o Pedro Américo que pintou o que não viu, por que o Léo não pode? Penso
que posso e sou inocente pois lembro a todos que na “Terra Brasilisis” pensar
ainda não é crime. E mais, além de pensar declaro: hoje é o meu Dia da
independência e estribado no fato de que opinar também não é crime, ainda que
isso mate de raiva meia dúzia de abilolados, atrapalhados, gente mal amada, desabrida
e insuportável que ganha seu rico salário pago pelo povo sem trabalhar o quanto
deveria. Anteontem, pelo calendário gregoriano foi o Sete de Setembro real.
Aquele que nos acostumamos a ver e prestigiar todos os anos em todas as cidades
brazukas que tenham delegacia de polícia, grupo escolar, igreja matriz, coreto,
fanfarra ou banda de música, ainda que meia boca. Ocorre que “para o mal do
povo e a infelicidade geral da nação” a ideia da “tchurma do fica em casa que é
milhó” não deu certo e o que vimos em alguns flashes (poucos) de TV foi o povão
vestido de verde e amarelo no Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo na maior paz,
protestando e/ou apoiando, mas sem briga, sem AK-47, baladeira, estilingue, badogue
ou funda e sem palavras de ordem com a rima que a funda sugere. Enfim, um Sete
de Setembro para ser lembrado.
2-08
de Setembro – Um 07 de setembro Congressual
Um sujeito como eu, veião, passado na casca do
alho, couro curtido, que já viu sapo comer borboleta voando, cobra apagar fogo
e peixe pular dentro do barco na hora da piracema, não duvidaria do que insistiam
em dizer meia dúzia de seis pessoas sobre a possibilidade um forfaith, um pé de
vento, um quebra pau começando ali pela Esplanada em Brasília e correndo feito
rastilho de pólvora para o resto do Brasil. Para a “tchurma do fica em casa que
é milho” instilar de forma subliminar o medo na cabeça do povão foi a fórmula
para esvaziar as manifestações. Claro que malucos em pequenos grupos levaram
faixas com dizeres e palavras de ordem em que manifestavam opiniões reprováveis
para qualquer pessoa de bom senso ou que tenha convivido com um regime político
de exceção. Mas ainda assim, é opinião e volto a dizer que opinião no Brasil
ainda não é crime ainda que estejamos caminhando para ver este dia chegar
depois que membros do Poder Judiciário e do Executivo passaram a reescrever a
Constituição, até pelo desapreço e desgaste do poder legislativo com suas
funções. Falar em democracia e atos antidemocráticos virou arroz de festa e
motivo para processos irreais e fora da curva. Esquecem os fazedores de medo que
nossa forma de governo é a república alicerçada em três poderes. 15 de novembro
vem aí. Será outra data para comemorarmos. Mas aí as eleições já ocorreram e a
sanha para derrubar o presidente atual eleito pelo povo já se foi. Simples
assim. É como penso.
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