Sexta-feira, 11 de novembro de 2022 - 15h05
1-Bolicho Brazuka sob nova direção
O “bolicho” que está com suas contas redondinhas vai
trocar de gerente. Sai Jair com a preocupação de pagar as contas e entra Luzinácio,
o irresponsável que quebrou o “bolicho” no passado de forma direta como se viu
nas sentenças confirmadas em várias instâncias ou deixando que o grupo metesse
a mão ou emprestando a quem não paga, enquanto o estoque de cachaça sumia das
prateleiras. Hoje Luzinácio juntou um bando de gente pra dizer como será a sua
gestão e como se estivesse com o diabo no couro velho, esperneou, babou, ficou
vermelho e bem ao seu estilo, como se apoplético ou enfiado uns gorós a mais
deitou falação sobre economia e aí o mercado pirou derrubando índices da bolsa
e fazendo o dólar voar. O bagúio foi tão feio que Henrique Meireles,
ex-presidente do Banco Central, que estava cotado pra tomar conta do caixa
pegou seu boné e foi pulando fora não sem antes falar aos investidores num
evento do BCG Pactual: “Hoje começou a falar e sinalizar uma direção à Dilma.
Estou pessimista não tenha dúvida. Só posso desejar a vocês boa sorte.” Mas não ficou só nisso. Luzinácio abriu a caixa
de ferramentas dizendo que Guido Mantega braço direito de Dilma – Deus é mais
Deus é mais! – está de volta na equipe de transição. Foi depois disso aí que
surgiram os trovões anunciando a tempestade perfeita: o ministro Gilmar Mendes
mandou devolver ao descondenado aquela grana que havia sido bloqueada em suas
contas e a toada foi alé, posto que nada é tão ruim que não possa ser piorado.
Lá no Rio de Janeiro o Tribunal de Justiça revogou os mandados de prisão
preventiva contra Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, que fez uma
delação premiada botando o nome da Globo e de gente inatacável tipo assim “da
melhor qualidade” na boca do sapo e da qual até hoje pouco se sabe. Certo é que
o destino do Cabral está nas mãos (Adivinhou? ) do STF o que o torna um
provável possível candidato a sair pela porta da frente da cadeia e ganhando o
meio fio já que a única coisa que ainda o mantém é a sentença do carrasco dos
malfeitores Sergio Moro e que está sob análise da 2ª Turma daquela Casa. Só
para lembrar Cabral tem 23 penas pela Lavajato e ganhou 436 anos e 9 meses para
ver o sol nascer quadrado todos as manhãs. Às vezes fico pensando se o ideal
não seria facilitar as coisas e entregar o Brasil aos bandidos (TODOS ELES) de
qualquer corrente, facção, partido, igreja ou foro. Prender bandido por que ou
para que? A cadeia é segura, não existe assalto, tem comida, visita íntima,
apoio religioso, televisão, ninguém trabalha, tem ajuda financeira e com sorte e
apoio do próprio estado é possível morder uma indenização. Difícil? É nada! Nos
bons tempos em que o juiz Sérgio Moro ainda não tinha caído em desgraça, o
próprio ministro Gilmar Mendes disse alto e bom som: "na verdade o
que se instalou no País nesses últimos anos e está sendo revelado na Operação
Lava Jato é um modelo de governança corrupta, algo que merece o nome claro de
cleptocracia". Pois é... O tempo relativiza verdades, cancela sentenças e
altera jurisprudências ou até cláusulas pétreas da constituição.
2-Apertem os cintos, o
piloto sumiu
Desde aquele domingo quando o servidor
público coordenador das eleições revelou a apuração dos votos que pouco se sabe
do homem encarregado de gerenciar o Poder Executivo. O sempre inconformado e irascível
Bolsonaro parece ter perdido de vez a vontade de comandar, falar, brigar e bater
boca, a sua marca cotidiana. Abandonou o avião como um paraquedista e deixou o
país num momento insólito. O escolhido para substituí-lo está arrumando a casa,
mexendo-se com toda desenvoltura, visitando o Congresso, Tribunais e fazendo o
que mais gosta: política. Ocorre que ainda faltam 50 dias para que ele receber
a faixa, (será que vai ter isso?) sentar na cadeira e realmente começar a
governar e enquanto isso cabe ao Jair continuar trabalhando – está sendo bem
pago para isso – e claro, “já ir se acostumando” como gostam de espicaçar os
seus adversários. Mas não é só no Palácio que se sente sua ausência, inclusive
entre ministros mais próximos. Depois de formar uma bancada conservadora no
Congresso, ele abandonou as negociações para eleições das mesas da Câmara e do
Senado, quando poderia firmar-se como a grande opção de oposição liderando
ainda que sem mandato o importante espaço da direita. E seu governo termina de
forma melancólica também em relação ao resto do mundo em crise e transformação.
Ignorado por autoridades internacionais, sem o contato ansiado todos estes dias
pelos fiéis eleitores e apoiadores espalhados em verde e amarelo pelas cidades
brasileiras, Bolsonaro lembra aquele homem que disse chorar
sozinho no banheiro. E não faltam eventos para marcar sua passagem como a
Copa do Mundo, ou a Cúpula do Clima no Egito, para onde irá o Luzinácio. Como
não há vácuo de poder, não só o substituto, mas os nomes mais influentes na
política vão ocupando os espaços e abrindo caminhos para a sobrevivência na
política. Já se vão onze dias desde que sua derrota foi anunciada e esse tempo
é demais na política. Para os conservadores ficará a tarefa de reafirmar a
existência de uma direita vigorosa que terá de andar com as próprias pernas.
Não será fácil como não foi fácil abrir espaços, lutando contra a esquerda com
um líder combatido e combalido, mas que deixou o legado exaltando os valores de
liberdade, patriotismo e família. Para Zé de Nana, “Isso nunca aconteceu antes,
mas o
imbrochável brochou”.
3-O que dá para rir dá pra
chorar.
Quando
vi hoje cedo a nota pública das Forças Armadas – que para tristeza do bispo de
Aparecida – continuam amadas segundo pesquisas não eleitorais, juntei outros
recados como o de ontem do Luzinácio, que apavorou o mercado, as falas em
contradita de três economistas, Henrique Meireles, Mailson Nóbrega e Armínio
Fraga, a matéria do jornal nacional da Globo sobre o relatório das Forças
Armadas (com jeito de boleto pelos
serviços prestados) e até a jura de Waldemar da Costa Neto sobre se tornar
oposição ao governo (quem acredita?). Os recados tem o mesmo destinatário: Luzinácio. Porém,
o recado em forma de Nota
à Imprensa do Ministério da Defesa teve como destinatário o servidor
público graduado, Alexandre Moraes. É que ao ser indagado sobre quais providências
ele adotaria para atender o pedido das Forças Armadas para investigação urgente
do relato de possíveis fraudes nas urnas, ele fulminou: “esse assunto já se
encerrou faz tempo”. A nota de forma clara e definitiva reafirma o
posicionamento das Forças Armadas sobre as manifestações, a defesa do povo e suas
funções constitucionais previstas no artigo 142 e que lhes cabe. Volto à fala
de ontem quando Luzinácio como se ainda estivesse no palanque eleitoral disse
que Bolsonaro humilhou as Forças Armadas e volto à nota do Ministério da Defesa
que como se vê tem Luzinácio novamente como destinatário. Carteiros me deixam
de orelha em pé como qualquer jumento leiteiro e o clima de notas e recados mal
humorados é propício para surgirem as narrativas, fake News e processos
engendrados pela esquerda que só alimentam a treta que se instalou no país. No
tópico anterior falei que Bolsonaro está “mais quieto que guri cagado”, mas
conhecendo seu estilo e ferocidade é melhor que fique assim como está, pelo
menos até janeiro quando a partir de então começaremos uma nova vida abundante,
usufruindo o mar de cervejinhas e papando picanha e linguiça a rodo. Mais que
isso - promessa de campanha - , desejo o estado focado na atenção às necessidades
básicas de segurança, saúde e educação para os vulneráveis, previsibilidade
para quem produz, paga imposto, gera emprego e sem querer abusar, quero liberdade
de opinião, transparência, honestidade e austeridade com o erário. Simples: não
roubar e não deixar roubar. É difícil eu sei, mas é meu recado. É assim que penso!
Contato - leoladeia@hotmail.com
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