Sábado, 1 de março de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Leo Ladeia

Política & Murupi - O voto é só uma parte do processo de construção democrática


Política & Murupi - O voto é só uma parte do processo de construção democrática - Gente de Opinião

1-Chegou a hora da onça beber água 

“Alea jacta est” ou se preferem a língua dos croupiers, “Senhores, no mas”. Agora vamos ver quem tem garrafa pra vender. Convenhamos, foi uma campanha eleitoral de baixo nível, sem propostas – e não venham com as manjadas cartas ao povo, ao mercado ou ao raio que o parta – e sem decência de ambos os lados. Passada a refrega sobrará um candidato não confiável sob o ponto de vista da honradez, da ética, e da moral ou um outro aturdido que não soube se defender quando lhe pespegaram a fama de fascista, miliciano e genocida. Mito para seu eleitor, o presidente viu o seu adversário sendo mais eficiente com as narrativas emparedando e a ponto de abrir espaço para que o líder petista o arrastasse para um humilhante segundo lugar no primeiro turno. Mais perdido que cego em tiroteio e tendo que administrar a pandemia jamais vista ou enfrentada por qualquer nação, o presidente sem os recursos de oratória e dando a cara a tapa perdeu a eficácia que a máquina pública em suas mãos poderia lhe eferecer. E pior que isso, ao distribuir benesses aos aliados deixou do Congresso deixou um rabo que podia ser visto do espaço e de novo abriu espaço para narrativas que fez com que o lulopetismo colocasse em pé de igualdade orçamento secreto, mensalão e petrolão. Some-se a isso a chicana jurídica orquestrada pelo ministro Fachin que desceu mais fácil que mingau de aveia e aí foi ao chão a tese de que para falar mal de Lula e do PT bastava contar a verdade. O STF inverteu o rumo da prosa, Lula se travestiu do herói que venceu a Lavajato e o STF pairou sobre o Brasil. Quem vai ganhar eu não sei, mas...    


2-...quem bate muito e não consegue o nocaute também cansa  

Política & Murupi - O voto é só uma parte do processo de construção democrática - Gente de Opinião

Para colocar o seu adversário na lona imaginava-se que o presidente em exercício iria mostrar suas realizações e aplicar “jabs políticos” mostrando a verdade das patifarias de Lula e do PT ao povo. Bater de forma explícita nas falcatruas do opositor seria o caminho mais previsível, mas durante a pandemia Bolsonaro e o seu séquito de marqueteiros familiares se enroscaram. Ao optar pela comunicação via redes sociais dispensando a mídia tradicional principalmente o rádio e a televisão, o marketing carluxista cometeu seu primeiro pecado mortal, pois ao priorizar a web como estratégia abriram o flanco para que Lula e PT que apanhavam mais que tapete em dia de faxina, entrassem no mesmo espaço virtual dando estocadas. A guerra suja se instalou, as mentiras ou fake news dominaram a cena e Bolsonaro que massacrava o adversário sentiu o cansaço de bater sem que atingisse o nocaute e foi às cordas. Ao invés de atacar o adversário Bolsonaro e o seu governo passaram a se defender das narrativas sobre a gestão da pandemina, a falta de vacinas, de insumos e o genocídio. Mas como tudo que é ruim pode piorar, o governo fez uma série de troca de ministros de saúde dando lenha para o fogo da narrativa que já o consumia. A saída era buscar apoio e apesar do poder de fogo que tinha no Congresso e com o qual poderia influenciar ou até mesmo barrar a CPI da Covid, caiu na arapuca e aguentou um massacre diário que nascia no Congresso e se espalhava como fogo de ladeira acima pelos canais de TV que haviam sido esquecidos. A CPI não deu objetivamente em nada mas o palanque foi bem utilizado e o governo gerencia até hoje o estrago político a que foi submetido. O presidente que tem um trecho bíblico seu mantra, esqueceu Salomão que em Provérbios cap. 16 vers. 18 ensinou: “A soberba precede a ruína, o espírito arrogante vem antes da queda”. Mas, crenças à parte, o problema basilar foi a péssima - quando houve - comunicação pública além da escolha de um tema fora da pauta atual: a guerra ao esquerdismo, socialismo ou comunismo. É que aí a antítese de 64 voltou à cena e uma improvável ditadura militar surgiu como algo a ser combatido. Junte-se a ideia arrogante da impossibilidade de convívio político com a esquerda e isso fez com que o não menos arrogante Judiciário que já estava do outro lado do balcão pulasse de mala e cucuia para uma frente fake anti-ditadura. Para Zé de Nana, o amigo do meu amigo e o inimigo de meu inimigo são meus amigos. O rascunho é tosco mas explica sem que seja preciso desenhar as dores do presidente que se avolumaram até hoje.

 

 3-2023: Amanhã será um novo dia

Política & Murupi - O voto é só uma parte do processo de construção democrática - Gente de Opinião

Não importa quem vença a eleição o ano de 2023 não será fácil para nós pobres nacionais. O mundo está em crise e nós não somos uma ilha de prosperidade ou de tragédia. Quem vencer a eleição assistirá um Brasil que é ainda desconhecido. As velhas raposas políticas estão sendo substituídas por seus filhotes, ávidos como seus pais das divinas tetas brazucas. A nossa plebe rude continuará recebendo uma porcaria de serviço público, “muito do meia boca” e pagando o preço de serviço de primeira linha dos países de primeiro mundo. Os novos que chegarem aos cargos ou os velhos que se mantiveram nos feudos estarão famintos e cheios de ideias para se perpetuarem e conseguirem mais verbas, cargos e regalias. Quem pensa em reformas estruturantes é bom ir tirando o cavalinho da chuva pois isso não interessa ao “centrão” que no frigir dos ovos é que dará as cartas. Independente do resultado eleitoral, 2023 nos aguarda com a carga tributária pornográfica, com as reformas estruturantes paralisadas, com o tripé saúde, segurança e educação em nível trágico e a depender de quem vença o pleito sem qualquer orientação de crescimento econômico já que a bússola da esquerda está travada e só aponta para um passado anacrônico. Para quem sonha com a picanha e a cervejinha será preciso muita paciência pois a desigualdade histórica, propícia à manutenção dos currais dos analfabetos políticos seguirá incensada por programas de distribuição de dinheiro, oferta de proteína em níveis abaixo dos recomendados e principalmente mantendo o ensino na base do “faz de conta que eu ensino e você faça de conta que aprende. Como todo brasileiro já fiz a escolha pelo nome que representa um Brasil produtivo e moderno e, mesmo não sendo obrigado a votar face à minha idade estarei cumprindo minha obrigação cidadã, fiel à minha história  conservadora, aos valores de probidade, honestidade e honradez, de obediência à nossa constituição hoje tão ultrajada até por quem deveria guardá-la, de crença nos princípios basilares como a igualdade, a liberdade de expressão e de pensamento como direitos absolutos e por acreditar que só a educação pode redimir a nação. Vou votar e não anular, deixar em branco ou me abster. Deus abençoe nossa escolha. É assim que penso!


Contato - leoladeia@hotmail.com

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoSábado, 1 de março de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Uma excelente ação de governo

Uma excelente ação de governo

Nascido em 2008 com Roberto Sobrinho, o projeto vestibular municipal virou ação de governo para estudantes de baixa renda que não acessam cursinhos

Do palanque ao picadeiro

Do palanque ao picadeiro

Depois de se livrar da cadeia com a esquisita e providencial mudança de rumo nos processos e após a “ixpetacular” vitória sobre o Biroliro, coisa nu

Sem paraquedas

Sem paraquedas

A “primeira cumádi” pediu e o Grande Líder a mandou num rolê internacional, tudo pago no cartão com assessores e até um dos quase 40 ministros. É ca

Quem sobreviver verá?

Quem sobreviver verá?

E segue o sarau trazendo uma lição que se aprende com muito sacrifício: “não empregue quem não possa demitir”. O outsider eleito na esteira da aprov

Gente de Opinião Sábado, 1 de março de 2025 | Porto Velho (RO)