Segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024 - 15h05
1-Somente hoje pela manhã vi as imagens da Avenida Paulista e soube do
número de participantes do evento. Os números como não poderiam deixar de ser,
dependem do informante. A menor apuração é 185 mil para O Globo, G1 e um grupo
de pesquisadores oriundos da USP. A PM de São Paulo traz um número bem maior,
entre 600 a 750 mil. Eu e Zé de Nana,
conservadores com as estatísticas, números, ideologias e avessos a essa
permanente polarização política e tóxica do Brasil, optamos de bom grado pela média
aritmética arredondando-a para 465 mil pessoas. É de bom tamanho considerando
que a tarde de domingo, tinha FlaxFlu
televisado. Para entenderem as nossas contas: a Avenida Paulista tem 2,8
quilômetros de extensão e largura máxima de 47 metros o que dá uma área total é
de uns 130.000 metros quadrados. A contagem utiliza a regra de quatro a cinco pessoas
por metro quadrado. Em tese, com a avenida lotada, o número máximo seria de 650
mil pessoas, o que dificilmente ocorre.
2-Contas, ideologias, toxicidades, polarizações à parte, qual a
importância do ato de ontem? Bolsonaro ainda é uma figura de relevância política
nacional? Existe o bolsonarismo que segundo Sêo Barroso foi derrotado com a
ajuda dele? A narrativa do “ex-quase-futuro golpe” vai continuar existindo? O
oito de janeiro será contado pela história com cores e tintas escolhidas por alguém,
como fez Pedro Américo no quadro da Independência do Brasil ou varrido como foi
a Revolta da Chibata e Retirada de Laguna? E agora José? Algo vai mudar de
imediato no quadro político? Não acredito, mas é quase certo que o verde e
amarelo voltará às ruas e por dois motivos: os erros do atual governo e o aceno
da direita que ressurge. É quase certo que as camionetas do homem do agro voltem
a circular com as bandeiras, que o Congresso reflita sobre a imagem da Paulista,
mas nada leva a crer que ações para prender Bolsonaro e seu grupo arrefeçam, ainda
que as coisas estejam mais difíceis pois “a voz rouca das ruas” rugiu e o medo
de se manifestar que parecia estar na cabeça do povo sumiu. E à medida que o
cerco se fecha, mais Bolsonaro aparece forte. E paradoxalmente caso seja preso
pode virar o Lula da direita.
3-Indicação
de nomes e transferência de votos são coisas bem distintas. Aqui em Rondônia
existem os casos clássicos e é preciso muito esforço físico e ginástica
financeira para se colocar um poste político de pé. Ivo Cassol conhece do
assunto e no resto do Brasil é igual. Exceção que faço à Dilma Roussef que
prometeu e dizem, fez “o diabo para ganhar a eleição”, nem Lula, o puxador de
votos nas eleições de 2002, conseguiu eleger a Fátima Cleide na eleição de 2006
ao governo de Rondônia e que havia sido eleita na esteira de popularidade dele como
senadora. Nem mesmo o eterno “poste disponível” para qualquer eleição, Fernand
Haddad consegue angariar os votos do “chefe”. Acompanho com atenção as
escaramuças eleitorais por aqui e nos arranjos e ajuntamentos que se fazem
buscando um nome novo com a aceitação de um nome velho que proporcione chapas
vencedoras, o que mais percebo são cruzamentos de tatu com cobra. Ensaios entre
Zema com Leite – queijo metà gaúcho e metà mineiro? – e papo da maioria dos
presidenciáveis com o governador Tarcísio que é “assim ó” com Bolsonaro.
2-O ÚLTIMO PINGO
E continua a saga para a prisão de dois bandidos que estavam na
penitenciária de segurança máxima e que estão “dando um baile” e uma canseira
nos seus perseguidores. Para Sêo Levandósque foi coisa de carnaval, Fernandinho
Beira Mar diz que ficou feliz com a fuga e eu por aqui não digo absolutamente nada,
mas fico imaginando porque ainda não chamaram o Dr. House, o CSIS, Rambo, Mac
Gyver, Jason Statham, Scooby Doo e Salsicha ou o cara talhado para o assunto, Steven
Seagal. É coisa de cinema.
3-PONTO
FINAL
O senador Ciro Nogueira presidente do Progressistas sapateou sobre a
esquerda na rede social “X” ao postar: “Muito
feliz com a manifestação pela DEMOCRACIA e de apoio ao presidente Bolsonaro. Ao
pessoal da esquerda, ao invés de reclamar, a sugestão: façam uma manifestação
ainda maior. A democracia agradece! Se precisar, a gente empresta a Kombi”. Vixi... Aí é broca. Além da queda o coice.
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