Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Meio Ambiente

Lama tóxica de Mariana pode chegar no Caribe, diz secretário



Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil

A lama tóxica que vazou após rompimento da barragem de mineração em Mariana (MG), em novembro passado, pode chegar ao Caribe, sugeriu hoje (25) o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Jailson Bittencourt de Andrade, durante evento com a comunidade científica no Rio de Janeiro.

“Que não me escutem, mas acho que chegará [lama] no Caribe, pois se olharmos a termossalina [circulação oceânica gerada pela diferença de densidade das águas], ela se aproxima da costa brasileira, especialmente entre Porto Seguro e Ilhéus. E a termossalina sobe em uma direção, na superfície, mas volta para outra direção, que não é na superfície. Isso vai circular bastante. A questão é se haverá impacto ou não, e que impacto terá”, disse.

Bittencourt informou que amanhã (26) à tarde está marcada reunião no ministério com integrantes de Fundações de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo, de Minas Gerais, da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Espírito Santo e da empresa Vale, entre outros órgãos, para tratar sobre o acidente em Mariana. “Vamos discutir e ver a possibilidade de se construir uma plataforma em relação a Mariana desde as represas até oceano profundo”, afirmou.

Ele apresentou nesta tarde, no auditório da Academia Brasileira de Ciências (ABC), centro da capital fluminense, a Proposta da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2016-2019.

No início do mês, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis anunciou que a mancha no oceano, que chegou à região sul da Bahia, e já atingiu o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, local com maior biodiversidade de corais do Atlântico, poderia ser oriunda da barragem de Mariana

A empresa Samarco, responsável pelo rompimento de uma barragem de mineração em Mariana, alegou que não há qualquer comprovação técnica de que o material observado na região de Abrolhos seja proveniente do acidente na Barragem de Fundão.

O colapso da barragem de Fundão, no dia 5 de novembro, em Mariana, causou a morte de 17 pessoas, devastou municípios, prejudicou o abastecimento de água em dezenas de cidades, destruiu fauna flora do Rio Doce e continua causando estragos no oceano.

Gente de OpiniãoSegunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Rondônia é líder em controle de desmatamento na Amazônia Legal, destaca Ministério do Meio Ambiente

Rondônia é líder em controle de desmatamento na Amazônia Legal, destaca Ministério do Meio Ambiente

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, do Governo Federal, publicou nesta semana levantamento que mostra os índices de desmatamento em to

Operação “Silentium et Pax” do Batalhão de Polícia Ambiental reprime poluição sonora em Porto Velho

Operação “Silentium et Pax” do Batalhão de Polícia Ambiental reprime poluição sonora em Porto Velho

Em uma ação estratégica para garantir o sossego e a qualidade de vida da população, o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) deu andamento à Operação “

Cremero implanta práticas internas entre colaboradores para incentivar a sustentabilidade

Cremero implanta práticas internas entre colaboradores para incentivar a sustentabilidade

Como órgão público, é dever garantir que as atividades e decisões impactem positivamente a sociedade e o meio ambiente. Esta é uma das premissas que

Porto de Porto Velho faz reconhecimento de pontos críticos no Rio Madeira

Porto de Porto Velho faz reconhecimento de pontos críticos no Rio Madeira

Com o objetivo de fazer o reconhecimento visual de pontos críticos do Rio Madeira, a diretoria do da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Ro

Gente de Opinião Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)