Terça-feira, 9 de junho de 2015 - 21h10
LUIZ LEITE DE OLIVEIRA (*)
Moradores querem justiça contra as promoções criminosas, na Avenida Pinheiro Machado, Rua Carlos Gomes e arredores. Oque fazem a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Sema, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Pelotão Ambiental em defesa do direito deles? O que fazem pelo estrito cumprimento da lei do silêncio? Ou daquele velho dito, segundo o qual “o meu direito começa onde o seu termina”?
Uma vez mais, Vera, filha da saudoso comerciante Zizi, que se destacou na defesa do patrimônio de Porto Velho, leva ao conhecimento de quem de direito e corajosamente atribui a doença seguida de morte de seu pai como decorrente do profundo estresse que vem tomando conta das pessoas que habitavam essa parte da cidade desde os tempos do antigo Bairro Caiari, ou seja, bem antes do ambiente infernal em que se transformou a avenida.
Zizi: importunado até os últimos dias
Tal situação chegou a seu Zizi, levada pelo aperreio causado pelas atividades suspeitas das chamadas casas noturnas – boates e bares –, pelo vandalismo na Avenida Pinheiro Machado, lamentavelmente, autêntico símbolo da decadência ambiental na capital rondoniense.
Palavras emocionantes, cheias de sentimento e angústia, pronunciadas por Vera, deveriam ser bem ouvidas por quem de direito, principalmente pelo Poder Judiciário de Rondônia, pois só assim restaria um fio esperança para pôr fim ao grande prostíbulo em que se transformou esse lugar.
"Quero saber até quando vai continuar aquele lugar de prostituição, bagunça, revenda de droga e muita, mas muita música alta, de ruído ensurdecedor. Espero que a justiça seja feita e as autoridades comecem a investigar a tal Calçada da Fama" – diz Vera, chamando à responsabilidade quem de direito.
Cansado com a barulheira, não morreu só o pai de Vera Elnice do Casal; morreram outras pessoas vítimas do estresse, assassinadas por causa de sequelas dessa balbúrdia originada pela zoada e pelo trânsito que transformam o lugar numa sucursal do inferno.
Vera Elnice: apelo emotivo e direto
Com relação à investigação, Vera entende como desnecessária em certo aspecto. Tudo leva a crer que nem precisa, pois a promiscuidade é explícita. E o que entristece é ver, triste e real, que na realidade tudo aparenta estar liberado.
A Prefeitura de Porto Velho é a vilã responsável pelo malfeito, juntamente com vereadores que se fazem de surdos e cegos para impor esse mundo decadente. E danem-se as vítimas.
Moradores vizinhos a esses "inferninhos" beiram o desespero, alguns até abandonam suas casas. Corrigindo: na verdade, são expulsos de seus lares, ao mesmo tempo em que sofrem ameaças de gângsteres que impõem a lei bandida do silêncio e o mundo cão. Ou seja, moradores antigos estão sitiados e calados nas suas casas, esperando o pior, tal qual ocorreu com seu Zizi, pai de Vera!
A anarquia, a gritaria e o grande ruído eletrônico são tantos nessa Baco Street, nessa boca maldita que expõe livremente até sexo ao vivo. E sem incomodar autoridades que parecem agir com cinismo e hipocrisia, em vez de agirem pelo bem comum.
Nós, moradores humilhados nessa mal afamada avenida, somos obrigados a ouvir sucessivas esculhambações e nos submeter à insônia forçada. Realmente, o clima está insuportável, revoltante. Não dá mais para aguentar.
Dureza é observar que grande número de seguranças dessas casas noturnas são soldados da PM. Quando um morador, em situação de desespero, chama a patrulha na madrugada, telefonando ao número 190, ouvem a farsa do outro lado da linha. São as sonolentas desculpas, daquelas assim: “Dirijam-se ao Ministério Publico”.
E nesse horário, às 2 horas da madrugada, o que fazer? No caso das boates, com ruído da batida do funk que deveria ser interno, dá-se oposto. O som se propaga de forma ensurdecedora a distâncias até 500 metros ou mais. É preciso explicar mais? É preciso lamuriar mais?
Por falar nisso, o que o Ministério Público Estadual faz com os abaixo-assinados que seus titulares exigem para tomar as providências contra a polução ambiental? Providências que nunca acontecem, convém dizer.
Até o momento, não há resultado prático e a sucursal do inferno segue intocável, perturbando quem mora na avenida há décadas, bem antes de ali se instalarem estabelecimentos travestidos de ambientes sociais.
Uma vez por outra, promovem arrastões, fechando momentaneamente um ou outro ponto, porém, na sequência, tudo volta a ser como era antes.
Sema, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Pelotão Ambiental, salvo prova em contrário, demonstram conivência com os crimes da Avenida Pinheiro Machado. Onde está a responsabilidade de cada um?
Infelizmente, seu Zizi se foi, deixando o seu nome na defesa quase isolada, do patrimônio histórico. Não deveria ter sido tão desrespeitado no final de sua vida.
E as instituições aí permanecem, em situações vexatórias de desrespeito, de desmazelo pela proteção humana. Nós, moradores da Avenida Pinheiro Machado e arredores, infelizmente estamos expostos às mazelas de bêbados, drogados e alguns boçais que se imaginam músicos, ou, pelo menos podem sê-lo, embora a mistura de sons a todos ensurdece.
Acionada a Justiça, o que nos resta para ter paz em nossas noites? Seria preciso ter como vizinho um juizou promotor? Que nada! eles conhecem a zoeira e não seriam bobos de habitarem a zona conflagrada.
Deus nos acuda. E nos ajude a pedir justiça, outra vez.
O autor é arquiteto, urbanista, presidente da Associação dos Amigos da Madeira Mamoré.
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