Quarta-feira, 28 de março de 2012 - 21h33
João Serra Cipriano
Os governos foram fundamentados em ideologias pensadas e escritas pelos grandes filósofos, cientistas políticos, sociólogos e teólogos, com profundas raízes em eras de sofrimentos ou alegrias das nações e dos povos. Cada momento da historia humana, cada era de sucessos e tragédias foram bases para o surgimento das ideologias, seja o comunismo, o socialismo, a democracia, o fascismo, o liberalismo, o capitalismo, a monarquia, as ditaduras, além de tantas outras formulações e pensamentos governamentais.
Creio que os grandes conflitos da humanidade estão alicerçados justamente na mistura perigosa de religião e pensamentos com modelos de governos oportunistas ou parciais, voltados para atender pensamentos pré-estabelecidos, sem levar em conta as diversificações de carências e experiências culturais. Fanatismos, doutrinas e Ideologias acabam construindo barreiras e atrapalhando os governos a construir modelos de gestões publicas voltada para a eficiência e para o planejamento concreto para erradicar as mazelas sociais.
O certo é que neste novo século, ainda não surgiu um novo pensamento ou ideologia capaz de trazer eficiência mundial na distribuição das riquezas e muito menos, capaz de abrir uma porta do diálogo de paz e cooperação entre as nações. As pessoas (humanidade) são obrigadas a se submeter aos experimentos de governos fracos, de governos corruptos, de governos ditadores e acima de tudo, de governos confusos, sem continuidade de serviços e progresso para as suas comunidades.
As ideologias empurraram as economias para um triste abismo. Fomos ensinados a tratar os demais países (humanidade) como se fossem nossos inimigos natos. Construíram ideologias que aniquilaram os laços de amizade e cooperação entre as nações. Muros ideológicos e religiosos estão ainda estão atrapalhando que as boas experiências governamentais fossem mais bem discutidas e avaliadas e os modelos ruins ao bem comum da humanidade, fossem repudiados sem trazer traumas entre os povos e as pessoas (humanidade).
Aqui no Brasil a historia nos mostra que todos os regimes importados e adaptados conforme os interesses das elites, não deram certos e ainda construíram séculos de abandono social as massas e as regiões de um país continental como é o nosso. Ainda estamos atrelados às ideologias liberais da Europa ou às ideologias radicais do mundo comunista ou religiosos. Nem mesmo a monarquia ou a democracia republicana importada dos EUA foram bem assimiladas ou foram capazes de melhorar a vida dos brasileiros.
Aliado o oportunismo das elites políticas, dos coronéis com as suas capitanias hereditárias fundamentadas nas atuais legendas partidárias, todas fundamentadas nos interesses pessoais em afronta direta dos interesses coletivos e regionais de desenvolvimento sustentável.
O atual modelo de corrupção política e partidária mostrada pelas legendas de esquerda que governaram e governam o Brasil, em linhas claras, foram capazes de erradicar as ideologias e modelos de governos pensados ao longo dos séculos. Aqui, as elites partidárias deram péssimos exemplos, foram ações coletivas de roubo do erário sem qualquer referencias as ideologias inseridas nos manuais partidários ou correntes de pensamentos importados dos movimentos mundiais.
A corrupção brasileira agiu como um vírus mortal contra todas as ideologias fundamentadas em séculos pelos grandes pensadores. O oportunismo das elites e coronéis da política nacional de outrora e tão criticados pelos movimentos de esquerdas acabou sendo copilado em linhas de ações tão pior, quanto às experiências corruptas e nocivas dos capitalistas e oligarquias da direita.
Por mais respeitoso que possa ser aos movimentos partidários em ação no Brasil, não dá para dar credito ou ignorar que as legendas acabaram tendo pensamentos e ideologias somente em seus estatutos, pois na pratica, nos exemplos de corrupção evidenciados nos governos FHC, LULA e agora da senhora DILMA, com a participação de quase 99% dos atuais movimentos ideológicos e partidários, só nos resta acreditar naufragaram as correntes ideológicas.
Apenas os movimentos e pensamentos do capitalismo selvagem, com a agiotagem na forma de pagamento dos juros da divida pública é que tem resiste ao tempo e aos governos. O Brasil da direita, da ditadura e agora dos governos da esquerda trabalham para alimentar o sistema capitalista e monetário, predatórios e muito bem disfarçados nas grandes bandeiras bancarias. Essa turma (bancos) emprestaram ao longo dos últimos 100 anos ao governo brasileiro pouco mais de (500) quinhentos bilhões de dólares americanos e já cobraram em juros outros (5) cinco trilhões e ainda devemos mais três trilhões. É uma conta feita pelo capitalismo e agiotagem bancaria que só cresce em seu favor.
Os contribuintes brasileiros são eternos escravos dos agiotas do sistema financeiro nacional e internacional graças à corrupção, ao individualismo das legendas partidárias e acima de tudo, pelos erros e equívocos de se importar ideologias e pensamentos políticos para o seio do governo, em gestões e planejamentos que em quase nada ajudou o povo brasileiro. Pior é que agora estão misturando política com movimentos religiosos, bicheiros, empreiteiros corruptos, latifundiários, milícias disfarçadas em lutas pela terra, que se não forem revistas, acabaremos virando como os países governados por ditadores radicais do mundo árabe.
Em mais de um século de monarquia, ditadura, liberalismo e agora, de governo de esquerda o Brasil ainda não tem um norte de desenvolvimento capaz de garantir crescimento econômico com conquistas sociais e estruturais permanentes. Somos a 6ª maior economia do mundo e ainda com os piores indicadores sociais de educação, saúde e segurança publica. Somos a terceira maior nação do planeta em “corrupção”.
Ajude-me os caros internautas se eu estiver errado, mas os indicadores sociais nacionais e internacionais, mais a dura realidade das ruas e das comunidades mostram que o capitalismo, mais uma vez usou como palhaços do seu eterno poder os atuais políticos, permitindo um crescimento exploratório momentâneo de pouco mais de cinco anos, para cobrar um crescimento da divida interna de 100 bilhões em 2003 para 1,8 trilhões em 2011, lógico que esses pagamentos serão feitos pelos contribuintes aos banqueiros, os mesmo que quebraram a Europa e USA. Aguardem que o arrocho fiscal em forma de novos impostos, mais contribuições mandará a parcela dessa conta para a sua pessoa física e jurídica.
Em resumo, estamos assistindo em nossas comunidades péssimos serviços públicos em todas as áreas sociais e de infraestruturas, além é claro de péssimos exemplos de corrupções, com agentes e ou mandatários fazendo o que quer e como quer com o sagrado dinheiro tirado dos cidadãos na forma de impostos e taxas.
Fonte: João Serra Cipriano
Email: ciprianoserra@yahoo.com.br
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