Terça-feira, 29 de abril de 2025 - 14h15
O Brasil tem 525 anos
de existência, ou seja, mais de meio milênio. E em todo este período, sempre
foi governado majoritariamente por pessoas que tinham a ideologia da direita e
da extrema-direita. Somente em três ocasiões foi governado pela esquerda. João
Goulart, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff foram os únicos presidentes
progressistas do país. Assim, é normal se dizer que a sociedade brasileira, bem
como todo o Brasil de hoje é consequência direta dos governos que teve ao longo
de sua história. João Goulart sofreu um golpe de Estado em 1964. Sem maiores
delongas, os militares o depuseram e passaram 21 anos no poder. Dilma sofreu
outro golpe em 2016. O seu vice-presidente, o golpista Michel Temer inventou
umas “pedaladas fiscais” e tomou-lhe a presidência. Já o Lula, apesar de não
ter sofrido nenhum golpe, já esteve preso duas vezes.
Nos 525 anos do Brasil,
a esquerda esteve no poder até agora por menos de 20 anos, enquanto a direita e
a extrema-direita reacionárias e golpistas mandaram durante longos 505 anos. Ou
seja, a direita governou mais de 96,2 por cento do tempo, enquanto a esquerda
governou os outros 3,8 por cento. O Brasil sempre foi um país rico, pujante e
próspero e há mais de meio século desponta entre as dez maiores potências econômicas
do mundo. Só que ainda hoje tem algo em torno de mais 25 milhões de seus
cidadãos vivendo abaixo da linha da pobreza, na miséria absoluta, passando fome
mesmo. Temos o oitavo PIB da Terra e uma das maiores desigualdades sociais do
planeta. Por isso, a gestão do país, seja ela de direita, seja de esquerda, tem
que atacar primeiro os vários problemas sociais que há. A polarização política
que se vê hoje em dia só aumenta o caos.
O eleitor brasileiro
não aguenta mais os políticos usarem os seus mandatos para ficarem brigando e
discutindo sobre quem é melhor ou sobre quem é pior. Enquanto a estéril
discussão política e ideológica ganha força por todos os recantos do país, os
reais problemas do povo não são discutidos. Na semana passada, por exemplo, uma
vereadora de Porto Velho, a eterna capital de Roraima, deu uma entrevista
dizendo que não houve ditadura militar no Brasil. E ela deve ter achado que
“lacrou” com esta informação mais do que bisonha, absurda e mentirosa. Poderia,
em vez de discutir ideologias políticas, propor emendas e projetos para tirar
esta capital do lodaçal em que sempre viveu. Porto Velho é a capital mais suja
e imunda do Brasil. Aqui não existe porto no rio Madeira, não há saneamento
básico, não há arborização, não temos IDH e também não há água tratada.
Um vereador de um lugar
tão decadente, incivilizado e atrasado como este, tinha que trabalhar mais
sério, usar o seu mandato em benefício de todos os moradores e tentar pelo
menos ajudar o prefeito a resolver os inúmeros problemas da cidade. Aliás, em
toda a sua triste história, Porto Velho só teve um único prefeito de esquerda,
que praticamente foi cassado no final do seu bom mandato, enquanto todos os
outros foram da direita e da extrema-direita. Assim como também o Estado de
Rondônia. Quem sempre mandou por aqui foram os coronéis, nomeados na capital do
país, e também vários empresários ricos e poderosos. Dessa forma, Rondônia é
talvez o Estado mais bolsonarista e mais direitista e reacionário que há. Por
isso, copia a triste realidade do resto do Brasil: com uma grande população de
pobres e de miseráveis, praticamente só vota e elege sempre os candidatos de
classes mais abastadas. Com direita ou esquerda, fome, miséria e estupidez
continuam.
*Foi Professor em Porto Velho.
* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.
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