Sábado, 13 de junho de 2015 - 07h35
Marcelo Freire
A greve dos professores federais atinge em cheio a Universidade Federal de Rondônia (Unir), que tenta ressurgir do abismo após uma série de escândalos ocasionados na gestão do ex-reitor Januário Amaral. A paralisação completa uma semana sem qualquer esperança de um retorno positivo do Ministério da Educação na pauta acordada ano passado pelo sindicato da categoria.
A greve é geral e atinge todas as universidades federais. Os representantes das categorias defende nessa mobilização pleitos antigos entre eles: defesa do caráter público da universidade; condições de trabalho; garantia da autonomia; reestruturação da carreira e valorização salarial de ativos e aposentados.
É importante saber que estas são reivindicações históricas da categoria docente na luta em defesa da qualidade da Educação Pública Federal e que a carreira dos professores federais sofreu profunda desestruturação após a alteração imposta pelo Governo Federal em 2012, com a lei 12.772.
No ano passado, o governo decidiu interromper as negociações com o sindicato dos professores, em um momento que parecia haver avanço, após concordância com algumas bases conceituais para reestruturação da carreira docente. Este ano, ocorreu apenas uma reunião com a Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, mas não houve nenhuma resposta à pauta de reivindicações dos docentes.
O momento de greve acontece justamente quando entra em discussão no Congresso Nacional a análise da proposta orçamentária da União para o exercício do próximo ano. O sindicato deve buscar antes do fim do recesso parlamentar, previsto para iniciar no mês de julho, um bom encaminhamento das propostas no sentido de garantir a melhoria salarial, dentro do que for possível no orçamento de 2016.
A Unir também acumula demandas antigas que precisam ser sanadas pelo Governo Federal. Esse ano, o relator da proposta orçamentária será o senador rondoniense Acir Gurgacz, líder do PDT no Senado. Será uma boa oportunidade para a categoria apresentar as demandas nos campi nos municípios do Estado.
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