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A navegação do rio Madeira


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O encontro promovido pela Federação Nacional das Empresas de Navegação  (Fenavega) nesta quinta-feira na capital do Estado tem extrema importância no ciclo de desenvolvimento de Rondônia. O evento servirá para tratar da hidrovia do rio Madeira, em Porto Velho, um importante canal de escoamento de grãos.

São esperadas na reunião de hoje propostas que tenham consistência e viabilizem de fato a hidrovia do Madeira, um sonho antigo dos produtores de soja do sul do Estado de Rondônia e Mato Grosso.

O histórico da dragagem do Madeira é marcado por alguns escândalos que acabaram culminando com a suspensão do contrato com uma empresa do Maranhão. Para sair do papel, é preciso primeiramente um estudo de viabilidade técnica e esse procedimento foi feito em 2013.

O caso da hidrovia do rio Madeira é bem parecido com o processo de reabertura da BR-319, no trecho entre os municípios amazonenses de Humaitá e Manaus, capital do Amazonas. A rodovia já existe. Portanto, não há necessidade de novos estudos de impacto ambiental. Não se está em discussão a abertura de nova rodovia. As autoridades locais defendem apenas a restauração de trechos que estão com a trafegabilidade comprometida.

No caso da hidrovia já existe o estudo em poder do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit). Técnicos do órgão de Brasília estiveram na redação do Diário e, na ocasião, explicaram as visitas técnicas que realizaram no trecho entre os municípios de Porto Velho e Humaitá.
Hoje Rondônia enfrenta um dos períodos mais seco do ano, momento propício para a execução do serviço de dragagem. A empresa que venceu o processo licitatório (algo em torno de mais de R$ 400 milhões), pretendia executar os serviços no período das chuvas, quando o rio atinge a cota de 18 metros, inviabilizando totalmente esse serviço. É jogar dinheiro público no rio. O caso foi parar no Tribunal de Contas da União (TCU), que determinou a paralisação dos serviços e o cancelamento do contrato.

A reunião da Fenavega deve diluir essas questões. Não é mais admissível ficar prolongando o serviço  de dragagem do rio Madeira. Já foi comprovado que o transporte utilizando a hidrovia do Madeira é mais econômico. Rondônia não pode mais ficar esperando o nível do rio subir.

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