Sexta-feira, 8 de janeiro de 2016 - 06h09
A cidade de Porto Velho, capital de Rondônia, vive uma realidade bem diferente em relação aos demais Estados da federação, hoje endividados e com salários de servidores públicos atrasados. O município se transformou na capital do agronegócio rondoniense em função do crescimento na produção de soja, carne, café, leite e surgimento de novas agroindústrias no entorno do município.
Para consolidar esse ciclo de crescimento e a boa fase da agricultura familiar, o município vem recebendo importantes parcerias. Uma delas foi renovada na última terça-feira em Porto Velho. No primeiro dia útil do ano, uma reunião realizada na sede do Centro Político Administrativo (CPA) serviu para consolidar o apoio do Governo do Estado na pavimentação de várias ruas da capital.
O acordo foi fechado entre o governador Confúcio Moura (PMDB) e o prefeito Mauro Nazif (PSB), e prevê investimentos de mais de R$ 70 milhões na pavimentação de ruas e avenidas de Porto Velho. Essa parceria não existia no passado. Na época, o ex-governador Ivo Cassol (PP) e o ex-prefeito Roberto Sobrinho (PT) não falavam a mesma língua e quem era prejudicada com essa falta de sintonia era a população do município.
O ano de 2016 oferece boas projeções na melhoria da infraestrutura do município de Porto Velho. O asfalto chegando mais próximo da população menos favorecida valoriza os imóveis, além de trazer menos problemas de saúde. Mas é importante o Estado seguir em sintonia com a gestão municipal. Não basta somente pavimentar as ruas, é necessário, primeiramente, realizar o serviço de drenagem da água, caso contrário, todo o trabalho seguirá com o destino ao ralo.
É comum, em cidades do interior onde a chuva ocorre com mais frequência, gestores públicos investirem na pavimentação de ruas sem drenagem. Com a forte chuva, o asfalto desaparece em questão de semanas. É jogar dinheiro fora. Em tempos de crise econômica, não é mais admissível esse tipo de serviço na administração pública. Nesse sentido, se faz importante a presença dos órgãos de fiscalização e controle. A população também deve fazer sua parte e denunciar ao Ministério Público nos Estados esse tipo de conduta na aplicação do dinheiro público.
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