Quarta-feira, 4 de novembro de 2015 - 13h03
O Real Forte Príncipe da Beira fascina pela arquitetura esplendorosa, engenharia portuguesa, apesar das ruínas e invisibilidade dos investimentos públicos, e pela localização à margem do rio Guaporé. Sua construção, cuja pedra fundamental foi lançada em 1776, durou aproximadamente sete anos e recebeu essa denominação em alusão à família do governador Luiz Cáceres, descendente do Príncipe da Beira e projetada pelo engenheiro italiano Samboceti.
Visitar esse monumental espaço é ver uma muralha perpendicular, circundada por 970 metros de perímetro, quatros baluartes, paredes de dez metros de altura e torres, com aparência de um castelo medieval e arquitetada em defesa de um território, na época contra os espanhóis. Hoje, o Forte é um dos símbolos da Amazônia, desse encontro multicultural entre brasileiros e bolivianos, sendo o anseio da população o seu reconhecimento pela UNESCO como patrimônio cultural da humanidade.
A imaginação viaja na história do Forte contada por historiadores, pesquisadores, militares, a exemplo do Marechal Cândido Rondon que, em 1911 era capitão, redescobriu o Forte no trabalho árduo de sua Comissão na Amazônia.
De lá para cá, o Exército organizou uma base de apoio e salvaguarda dessa fronteira (1932) e hoje é chamada de Pelotão Especial de Fronteira Real Forte Príncipe da Beira, tendo a missão de garantir a soberania do país, combater diversos crimes (ambientais e narcotráfico), apoiar missões de segurança nessa faixa de terra, colaborar com a população de entorno do Forte, mediante o oferecimento de educação, saúde, água potável, coleta de resíduos sólidos, dentre outras atividades voltadas a essa população denominada de quilombolas.
Os alunos dos cursos de Direito, Gestão Ambiental, professores e pesquisadores convidados da Faculdade UNIRON tiveram a oportunidade de participar do Projeto de Extensão desenvolvido no período de 30.10 a 01.11. 2015, no Forte Príncipe da Beira, em Costa Marques, tendo como objetivo sensibilizar os alunos para o conhecimento e preservação desse patrimônio histórico.
Os coordenadores-participantes da ação professores Delson Fernando Barcellos Xavier, Marco Teixeira, Andreia Almeida, Eliara Rodrigues, Marco Rivoro e Lucileyde Feitosa avaliam os resultados da missão de forma positiva, pois permitiram aos alunos o conhecimento desse patrimônio histórico e o significado de sua proteção, uma vez que o Forte é tido como a maior construção bélica fora de Portugal.
Para o Prof. Dr. Delson Xavier este projeto: “Resultou nesse diálogo da disciplina de Direito Ambiental, associando conhecimento à visitação ao Forte Príncipe da Beira”.
A preparação desse trabalho durou cerca de 60 dias e contou com o apoio da Faculdade UNIRON, colaboração dos acadêmicos, empenho logístico do Ten. Alberto e de militares do Pelotão Especial de Fronteira/Exército Brasileiro.
Os participantes, total de 43 pessoas, conheceram o funcionamento de um Pelotão Especial de Fronteira, através de visitação e da palestra do Ten. Yves Rodrigues Dutra, Comandante do PEF, percorreram o Forte, fizeram a caminhada educação ambiental sob a orientação do Soldado Júnior e depois conheceram o comércio da Vila Buena Vista, na Bolívia.
Caminhada na floresta e visita ao labirinto
O deslocamento da equipe de Porto Velho ao Forte Príncipe da Beira, assim como a execução de toda a programação durou um total de 40 horas de plena atividade no espaço amazônico.
A acadêmica Ana Paula Amaral, 10º período de Direito, responde sobre o resultado da atividade: “Significou a exploração da história do estado de Rondônia e a necessidade de preservação desse patrimônio cultural”.
Comemora também o acadêmico Ítalo Henrique Barboza, 2º período de Direito, ao dizer: “Esta atividade serviu para demonstrar a teoria aprendida em sala de aula e deve ser uma luta de toda a sociedade de Rondônia para que o Forte seja preservado e reconhecido pela UNESCO como patrimônio cultural da humanidade”.
Essa mobilização dos estudantes, professores e pesquisadores é um passo importante para a valorização do Real Forte Príncipe da Beira como marco da Identidade de Rondônia. A missão continuará sendo conhecer para proteger!
Acadêmicos visitam ruínas do Forte Príncipe da Beira
Por Lucileyde Feitosa
Doutora em Geografia e pesquisadora na Amazônia
Academia Rondoniense de Letras - ARL
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