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A carne é fraca - assédio nas festas populares


Uemerson Florêncio - Gente de Opinião
Uemerson Florêncio

A partir da análise da linguagem corporal das suas vítimas muitos assediadores se aproveitam da aparente fragilidade transmitida. É muito importante compreender e adotar posturas de autodefesa, não necessariamente me referindo aqui, no sentido de responder por meio das artes marciais, mas sim, para redobrar a atenção para a gestão da linguagem não verbal.

Como lidar com o assédio nas festas populares onde muitas pessoas vão se divertir? Porque algumas pessoas não conseguem controlar as suas intenções? Porque muitas avançam o sinal, como se a vítima tivesse a obrigação de ter alguma coisa com eles?

Há muitas vítimas que esqueceram que existem festas populares justamente por conta de atitudes hostis vivenciadas e testemunhadas nas festas populares. Muitos alegam que a carne é fraca e por conta disso, não conseguem se controlar. Mas é o corpo, a carne que é fraca ou é o caráter que está doente e desequilibrado?

Muitos assediadores, como o próprio nome já diz, vão às festas apenas para colocar em prática, os seus planos sombrios, a partir do assédio deliberado e indiscriminado não se importante se é criança ou adulto. É muito importante se atentar para estas condutas que geralmente são reincidentes em suas atitudes, pois sempre repetem nos mesmos moldes das práticas anteriores.

Quem assedia tem traços e padrões comportamentais que requerem muita atenção. Os delitos que são cometidos pelos assediadores trazem grande repercussões e comoção social, mas não se esqueça, só a vítima sabe o que viveu. Mas e aí, como estamos, quanto sociedade, enfrentando esta realidade? Muitas pessoas têm assediadores identificados dentro da sua própria família, mas se abafa, esconde, por que este algoz é o que paga as contas dentro de casa. A mulher se vê refém do poder econômico e outros particulares, que não se permite avançar para a conquista de uma outra realidade.

É por enxergar este assediador como um exemplo de pessoa que as vezes, o comportamento desta pessoa é visto com natural e típico de uma pessoa carinhosa. No entanto, se realiza ao dar banho na sua própria filha ou ao ver a sobrinha com trajes menores. Quantas realidades deste tipo veio a sua mente agora? Repito, a carne não é fraca, é a conduta.

Muito bem, ao estar nas festas populares com os seus filhos, redobre a sua atenção, você não sabe pesca eles por meio de um simples sorriso ou pela oferta gratuita de um docinho visando com isso, adotar posturas questionáveis.

Muito pedófilos estão à solta por aí e como se precaver? Como identificar as atitudes suspeitas? Antes que os seus filhos virem notícia, não deixe que o fato aconteça, mesmo porque, as vítimas deste tipo de violência atravessam a vida com estas dores emocionais que alteram o seu padrão comportamental.

Para quem tem a conduta pervertia o caminhar, o falar, o olhar ou até mesmo o perfuma da vítima são melodias para os seus ouvidos e fantasias. Dessa forma, atente-se ao que você pode estar comunicando neste momento para aquelas pessoas mal-intencionadas. Vamos educar os nossos filhos a ter o mínimo de malícia e desconfiança, um pouco mais de atenção para as nossas relações já poderão reduzir muitos dramas em nossas vidas.

* Uemerson Florêncio (Brasileiro) Empreendedor. Treinador, palestrante e correspondente internacional de opinião para países de língua portuguesa na África (São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Moçambique, Guiné Bissau e Angola), países de língua espanhola (Argentina, Paraguai, Colômbia, Chile, Uruguai, Peru e Espanha) e Estados Unidos, onde expõe sobre a análise da linguagem corporal, gestão da imagem, reputação e crises. Criador do método pentágono da comunicação. Gestor de conteúdo do site da empresa Conceito Treinamentos no Brasil.

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