Sexta-feira, 20 de novembro de 2020 - 11h49
De acordo com a pesquisa da Global Enterpreneurship Monitor (GEM), o Brasil foi considerado o sétimo país com o maior número de empreendedoras. Numericamente, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), promovida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou que há 9,3 milhões de brasileiras com negócios próprios atuando no país.
A força da mulher no mercado empreendedor está se destacando cada vez mais e, na última quinta-feira (19), no Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, tivemos grandes motivos para comemorar.
É inegável que inúmeros negócios foram afetados pela crise desencadeada pela Covid-19, contudo, apesar dos tempos difíceis, foi possível enxergar além do óbvio. O tsunami econômico gerado pelo coronavírus, de fato, trouxe situações que nunca havíamos imaginado antes. Com essa tempestade tão inesperada, conseguimos entender que somos capazes de crescer apesar das adversidades.
O Sebrae, com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), fez um levantamento analisando pequenos negócios de homens e mulheres. Ao comparar as estratégias implementadas para inovar os seus negócios, as empreendedoras mostraram-se mais ágeis e perspicazes.
O empreendedorismo é, sem dúvidas, mais do que uma forma de trabalho. Quem acompanha de perto esse mundo sabe que é preciso ter um dom quase que genético. Explico: chega certo ponto da vida que não há sentido seguir outro caminho que não esteja ligado à multiplicação de ideias, projetos e sonhos. Isso é empreender e cada pessoa que se joga nesse universo carrega em suas veias essa habilidade especial.
Para a mulher, o título de empreendedora, às vezes, pode ser mais difícil de que conseguir. Isso porque ainda enfrentamos machismos diários. Hoje em dia as coisas melhoraram, mas não quer dizer que estão perfeitas. Por isso, é fundamental estarmos unidas para que a nossa voz se destaque.
Tenho a convicção de que o otimismo e a positividade são grandes combustíveis para conseguirmos conquistar os nossos sonhos. Não é possível avançar em nenhum aspecto da vida quando estamos à mercê de sentimentos ruins. As dificuldades existem, afetam as nossas vidas e sempre estarão em nossos caminhos para serem vencidas – e não para nos abater.
É claro que, no meio disso tudo, o medo de tentar surge, mas não podemos, de forma alguma, nos paralisar por conta destas circunstâncias. Na verdade, quando algo nos amedronta, surge uma grande oportunidade de trabalharmos fragilidades que, até então, poderiam estar escondidas. Nisso, cria-se uma pessoa corajosa.
Para empreender é preciso reconhecer a importância de ter a coragem como aliada. Não é possível trabalhar nessa área sem enfrentar incertezas e dificuldades do dia a dia. No entanto, saber como agir em situações que, por vezes, podem ser até inesperadas, é fundamental e, com certeza, é o que diferencia pessoas comuns de verdadeiros líderes.
Nós, mulheres, já nascemos com esse dom. Então, desejo que todas saibam onde investir as suas forças e energias. Somos vitoriosas e capazes de conquistar tudo o que quisermos.
Diretora executiva da
Pinheiro Ferragens, CEO do Grupo Pinheiro de Brito, fundadora do Grupo Empresários
em Ação e escritora
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