Quinta-feira, 30 de janeiro de 2020 - 12h21
Até agora, a mesa diretora da Assembleia Legislativa de
Rondônia ainda não se pronunciou sobre a denúncia envolvendo um de seus
membros, acusado de usar mal a cota parlamentar. A população, pelo menos a sua
parcela mais lúcida, está com os olhos voltados para o Poder Legislativo à
espera de respostas, urgente!
Seria esse mais um
arranjo entre tantos em que se especializaram muitos políticos rondonienses,
embora isso não seja uma característica exclusiva deles? A verdade é que essa
maldita cota parlamentar, verba indenizatória, ou seja lá o nome que ela
receba, tornou-se uma fonte inesgotável de marmeladas à qual parlamentares
inescrupulosos recorrem para mitigar suas vaidades e manias inconfessáveis.
São velhas e surradas
práticas bastante conhecidas da opinião pública. Algumas, vira e mexe, são
jogadas na cara da sociedade, pelos meios de comunicação, após proficiente e
exaustivo trabalho de investigação realizado por instituições como os
Ministérios Públicos Federal e Estadual, as policiais Federal e Civil e os
Tribunais de Contas, dentre outros organismos de fiscalização. Lembrando que,
em todas as situações, a população é quem acaba pagando a conta. E que conta!
Algumas - como ensina a expressão popular - custaram os olhos da cara, ou, em
alguns casos, a cara toda.
Como fiel depositária,
nas urnas, do voto que dá a certos candidatos o direito de representá-la, a
população continua amargando muitos dissabores. E a Assembleia Legislativa de Rondônia,
com as devidas exceções, vem dando um péssimo exemplo. Como de resto, os que se
julgam prejudicados vêm a público e dizem que tudo foi feito dentro da mais
estrita legalidade. Outros, jurando inocência, se voltam, com ferocidade
canina, contra os órgãos de fiscalização, acusando-os, dentre outras infâmias,
de promoverem “shows de pirotecnias”, querendo passar a imagem de pessoas probas
e tementes a Deus. E o pior é que muitas cabecinhas ocas ainda acreditam nessa
gente.
A mesa diretora da Ale
não pode mais protelar a adoção das providências reclamadas pelas
circunstâncias para sufocar os que se consideram espertos no momento de usar
indevidamente os recursos públicos, afrontando, humilhando e aviltando a
dignidade da sociedade.
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Formei-me em 1958 em Direito na FDUSP e desde o início da década de 60,quando cinco dos atuais Ministros ainda não tinham nascido, atuo perante a Su