Segunda-feira, 22 de julho de 2024 - 13h40
Para inspirar as futuras
gerações, devemos valorizar sempre a nossa história e nossas ancestrais. Num
mundo em que prega o ódio e a violência contra as mulheres negras, devemos
estar juntas para nos fortalecer e promover o cuidado mútuo.
Uma das formas é exaltar
iniciativas em prol das mulheres negras, como o Julho das Pretas. É o período
que se celebra o Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latina Americana e
Caribenha, em 25 de julho.
Esses movimentos não servem só e
apenas para discutir a violência que pessoas negras vivenciam no dia a dia. Mas
é também uma oportunidade para dialogar sobre possibilidades de bem-viver, de
construção, de pensarmos em nossas ancestrais, em nossas mais velhas e pensar
no futuro. Fazer o movimento sankofa, que é uma das formas de resgatar e
preservar as raízes.
Para pavimentar um caminho para
reflexão, é preciso falar sobre a construção da nossa história e aprender a
lidar com os desafios, analisando sobre o que nos trouxe até aqui.
Isso também vai nos auxiliar a
usar as nossas experiências para refletir. E diante de tanto adoecimento,
como as dores vivenciadas a cada dia, a hipersexualização, a desumanização e a
desvalorização da nossa existência, possamos pensar em como nos acolher e nos
potencializar.
Queremos não só sobreviver.
Queremos o bem-viver de uma rede de cuidados. Como disse Sobonfu Somé,
escritora e filósofa africana, queremos viver de forma esplêndida, com o
espírito de intimidade, trabalhando como comunidade ao redor de uma roda, para
que juntos possamos cuidar um dos outros quando haja necessidade.
Como perfeitamente nos diz a
escritora Bell Hooks, no livro “Irmãs do inhame”, que promovamos a
coletividade, para que possamos, umas com as outras, ajudar no processo de
autorrecuperação e do cuidado. Dessa forma, podemos continuar trilhando os
nossos caminhos.
Ao encarar essa maneira de
pensar, estaremos mais motivadas a ocupar um lugar do cuidado, de afeto e com
segurança. Que possamos continuar tendo as nossas conquistas e valorizando as
nossas potencialidades.
(*) Psicóloga Clínica,
Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental, Formação em Terapia do Esquema,
Estudiosa em relações raciais e saúde mental negra, Palestrante, MBA em Gestão
de Pessoas, Coordenadora editorial e autora.
Distribuição da água, coleta e tratamento do esgoto rumo a privatização em Pernambuco
Virou palavrão falar em privatização, depois das promessas não cumpridas com a privatização da distribuidora de energia elétrica, a Companhia Energé
Recomeços: como traçar sua melhor jornada para 2025
Sempre há tempo de recomeçar, porém o Ano Novo é um período no qual geralmente as pessoas dão uma parada para reflexões que nos trazem mais uma chan
Gastança, a praga moderna que atrasa o Brasil
No século XIX, o pesquisador francês August Saint-Hilaire (1779-1853) ficou espantado com a ação devastadora das formigas cortadeiras no Brasil, ati
Dom Bosco é reconhecido e estimado por ter sido um exímio pedagogo e educador de todos os tempos. Ele como ninguém inaugurou um apostolado inovador