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Artigo

Análise da Linguagem Corporal aplicada no combate do assédio no ambiente de trabalho


Uemerson Florêncio - Gente de Opinião
Uemerson Florêncio

Quem imaginaria que aqueles toques involuntários realizados por alguns colegas (homens ou mulheres) no ambiente de trabalho poderia ser os preparativos para sérias investidas em termos de assédio? Quem nunca percebeu: Aqueles toques sutis e discretos nos ombros ou nas costas. Aqueles toques nas mãos acariciando de forma escorregadia. Os diversos tipos de mimos, agrados e elogios gratuitos. As clássicas caronas e as conversas com toques descuidados nas pernas, como se fosse ingênuo! Ingênuo? Nunca foi, movimentos perigosos!

 

Quem viveu um assédio, nunca esquece, principalmente se foi a partir de uma liderança na qual põe o seu emprego em questão! Muitas vezes essa vítima, sofre diversos tipos de assédio na mesma empresa e por diversos níveis da hierarquia. Com isso, há quem desenvolva pesados traumas que fazem elas atravessarem por longos anos da sua vida em função desta má conduta destes que deveriam viver o profissionalismo, o respeito e a ética.

 

Reflita: Quantas vezes você conseguiu enxergar que estava exposta num cenário de assédio? Muitas mulheres escutam alguns amigos atentos dizerem: A e B estão dando em cima de você, cuidado! E eles escutam: Nada disso, eles me respeitam e são meus amigos! Períodos depois, você encontra com esta pessoa, calada, pouco produtiva, bastante reservada, na sala de reunião evita qualquer tipo de fala, nas fotos da empresa vai para o fundo ficando atrás dos outros colegas ou simplesmente não sai. 

 

Como se blindar dessas investidas? Será que é se vestindo da cabeça aos pés? Francamente, não. Mesmo porque quem assedia não só tem o discurso da roupa como atrativo para as suas atitudes. É uma pessoa que não tem respeito por si mesmo, tão logo, não terá por você, afinal, cada um dá o que tem.

 

Como lidar com esta realidade cruel? Antes de tudo se enxergar na situação, pois há quem viva o assédio velado e não se dá conta da existência. Seguindo da reunião de provas. Ter total disposição para lidar com as todos os desdobramentos ou consequências. Gerar provas que permitam que a pessoa assediadora recebe a sua notificação por parte da empresa ou seja desvinculado do quadro funcional, mas se a pessoa responsável pela empresa seja a pessoa que assedia? Seria o caso buscar ter um diálogo direto com esta pessoa ou como acontece, você pedir demissão?

 

Afinal, se esta pessoa gosta de lhe ver nesta condição (necessidade do trabalho x assédio) é recomendável evitar reincidência. Sabemos que muitas pessoas atualmente vivem refém destas circunstâncias e por conta disso, não denuncia e por vezes, por medo, se submetem, dada a situação econômica na qual se encontra. A luta pela sobrevivência é um conflito cruel que gera estresse, insônia, variação na pressão, taquicardia, lapsos de memória, todos causados pela elevada da pressão causada pela tortura psicológica promovida por quem assedia.

 

Há vítimas que começam a mudar o comportamento em seus lares junto aos seus familiares e, principalmente, com a pessoa do seu relacionamento, em função do que esta pessoa sobre traumaticamente em silêncio. O assédio traz consequências graves para as suas vítimas, afinal, há quem entre em depressão profunda e outros que suicidem. Mas como saber, onde tudo começou, quem assedia é um verdadeiro predador emocional, que destrói muitas vidas internamente gerando desdobramentos no corpo físico.

 

* Uemerson Florêncio – (Brasileiro) Empreendedor. Treinador, palestrante e correspondente internacional de opinião para 5 países de língua portuguesa na África (São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Moçambique, Guiné Bissau e Angola), 3 países de língua espanhola (Uruguai, Peru e Espanha) e Estados Unidos, onde expõe sobre a análise da linguagem corporal aplicada a diversas áreas. Criador do método pentágono da comunicação. Gestor de conteúdo do site da empresa Conceito Treinamentos no Brasil. Pesquisador em Cultura Árabe, tendo os Emirados Árabes Unidos, no Oriente Médio, como país de estudo.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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