Quinta-feira, 29 de agosto de 2019 - 08h47
Chega a impressionar como boa
parte (e estou me referindo à parte boa, mesmo) dos políticos eleitos por nosso
Estado estão cercados de assessores lerdos e despreparados, para deixar só
nesses aspectos mais diretamente relacionados ao desempenho. Mas há casos
notórios de desonestidade de todo tipo.
Nesse contexto todo,
obviamente chamam mais atenção aqueles que foram eleitos pela mesma legenda do
presidente Jair Bolsonaro. Afinal, fale-se o que quiser de Bolsonaro, ninguém
será capaz de dizer que ele é lerdo e que não procure se acercar de pessoas
operosas.
Muita gente não gosta do
trabalho feito pelo ministro Moro, mas ninguém vê nele ausência de disposição
para o batente ou incapacidade de enxergar e aproveitar oportunidades de
promover junto à opinião pública o grupo político que integra. O mesmo se pode
dizer dos demais membros da equipe ministerial.
Aquele general que recebe
jornalistas é um show de raciocínio rápido, assertividade, perspicácia. Pode-se
discordar do que ele diz, mas não se pode dizer que ele enrola, que ele se
esconde da imprensa ou coisa assim. Mas o objetivo aqui não é falar da equipe,
nem tampouco do chefe, mas da felicidade do chefe em compor a equipe que
compôs.
Quando se vem para o PSL em
Rondônia, a lógica seria esperar-se que houvesse alguma espécie de repetição do
que se vê na cena nacional. Infelizmente, não. Por aqui não demos sorte. O PSL
rondoniense beira o letárgico, tanto quanto partido político, quanto como
conglomerado de pessoas com suas intenções diversas, divergentes e até
divertidas.
E ainda pior é quando se
verifica que até mesmo seus parlamentares, aqueles que vão precisar de novo
captar votos em 2022, quiçá já em 2020, segundo se ouve falar nas pretensões à
disputa da Prefeitura de Porto Velho, incorrem no mesmo erro de achar que
compor uma assessoria e conduzir um gabinete é algo que não exige um
planejamento estratégico, um critério seletivo de pessoal e outros cuidados do
gênero. Isso está pra lá de patente. Aliás, por falar em patente, isso já está
virando piada. Anuncia-se para breve que um cabo assumirá importante cargo.
Pobre Bolsonaro. Já não
bastassem sua problemática incontinência verbal, a oposição cerrada que lhe é
feita, os problemas decorrentes dos relacionamentos de seus filhos com
personagens que a indefectível Polícia Federal não se interessa em localizar, não
tem o presidente em Rondônia um cartão de visita de seu agrupamento político, apesar
dos votos que obteve e de ter sido eleito um governador de seu mesmo partido.
Ao contrário, amarga não ser viável chamar seus correligionários ao palanque em
2022.
Está aí, para quem quiser
enxergar, a incapacidade de ao menos montarem equipes eficientes, apesar de, no
caso do Executivo, haver honrosas exceções. Mas, no geral, na área parlamentar
o que se percebe é que não acabaram de comemorar a vitória. E a alegria é
momesca. Literalmente. Mas isso é tema para outro capítulo. O ideal seria que
houvesse uma unidade de propósitos em um partido que se propõe à defesa da
família. Mas, por enquanto, apenas lamente-se quem dentre seus correligionários
não mais esteja em comunhão.
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Formei-me em 1958 em Direito na FDUSP e desde o início da década de 60,quando cinco dos atuais Ministros ainda não tinham nascido, atuo perante a Su