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Cinco dicas para realizar uma boa comunicação sobre finanças

Explicar os números não é tarefa fácil, mas comunicadores podem se destacar usando uma linguagem mais dinâmica


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Explicar sobre finanças para um público leigo não é tarefa fácil, diariamente jornais televisivos e sites de notícias se desdobram para tentar explicar ao consumidor brasileiro “como economizar”, ou “ o que fazer para organizar a vida financeira”, entre outros temas. 

De fato para abordar o assunto é necessário o mínimo de conhecimento sobre economia, além de se engajar sobre os acontecimentos sociais. Ter boas ferramentas em mãos e ser bem informado é um bom começo. 

Seja para as finanças domésticas, empresariais ou pessoais, esse é um tópico de interesse geral, afinal, ninguém faz nada sem dinheiro. Segundo uma pesquisa divulgada pelo Instituto Opinion Box, quase 10 em cada 10 brasileiros acreditam que o planejamento financeiro é essencial para manter o equilíbrio econômico, ou seja, demanda existe, mas muitos desistem de estudar o tema quando se deparam com textos com narrativas muito técnicas, em que somente especialistas em economia são capazes de compreender.

Ao falar sobre finanças o comunicador precisa ser leve e ter cuidado para que sua abordagem não se torne desinteressante, pois esse já é um assunto que muitas pessoas evitam, justamente por exigir raciocínios mais voltados para as exatas do que emocionais (humanas) de quem tem vontade de se organizar neste sentido.

Quem atua no ramo do jornalismo, comunicação social, possui uma empresa de finanças e outros relacionados, deve se atentar ao fato de que quando se pensa em finanças, sobretudo no Brasil, devemos considerar diversos fatores e sermos sensíveis o suficientemente para conseguir alcançar o objetivo que se deseja através da mídia que esta produzindo, seja ela um artigo, vídeo, foto, podcasts, etc.

Para tudo o que se planeja em termos de comunicação é preciso um plano, para falar sobre finanças não seria diferente. Considerar como as mensagens atingirão o interceptor é crucial. Pensando nisso trouxemos alguns pontos para reflexão. A vida financeira de todas as pessoas tem relevância, não apenas do ponto de vista subjetivo, mas influencia nas receitas municipal, estadual e nacional. Por isso é importante conscientizar as pessoas que não precisam esperar o resultado positivo de uma Mega-Sena para começar a se organizar economicamente, é possível ter melhor qualidade de vida financeira mesmo sem ser milionário, diferente do que muitos acreditam. 

Como se comunicar de forma clara sobre finanças 

Estudar o assunto que vai abordar é importante, assim como escolher um tema por vez. Não adianta querer juntar cartão de crédito com investimentos na bolsa de valores, nem contas de casa com compras de criptomoedas.  

Comunicadores precisam compreender que serão eternos aprendizes, a menos que abordem apenas uma editoria pelo resto da vida, sempre haverá um tema novo para estudar. A propósito essa é a primeira dica! 

Estudar finanças para uma boa comunicação 

Quem vai escrever sobre Empréstimo Pessoal, por exemplo, deve estudar o assunto na íntegra, isso evitará que esteja repassando informações incompleta, ou mesmo inverídicas. Além de obter muitas informações sobre o tema é preciso compreender os fenômenos sociais que ela envolve. Apurar dados dos anos anteriores, comparar com os atuais e assim por diante. 

Traçar o principal objetivo para a comunicação sobre finanças 

“Qual mensagem desejo passar através do que estou produzindo?” Esta é a pergunta que devemos nos fazer antes mesmo de começar a produzir qualquer peça em comunicação. Pois é pensando em o que queremos, se é vender algum produto, serviço ou mesmo transmitir uma determinada informação, exemplificando, que iniciamos a fase do “como”, no sentido de “como conseguirei fazer as pessoas entenderem o que quero dizer? Aqui temos dois desafios, saber qual mensagem e como transmiti-la. 

Objetivos menores podem surgir no caminho, como por exemplo, além de vender um produto, divulgar a empresa, ou fidelizar cliente e outros.

Publico a alcançar na comunicação sobre finanças 

Conseguir segmentar o público facilitará na comunicação no sentido de conhecê-lo e conhecendo as preferências do público torna-se mais fácil dialogar com ele. Por exemplo, é mais fácil vender roupas brancas para um público formado por mulheres, de 18 a 50 anos, de religião espírita, pois elas necessitam destes trajes na hora de manifestar a fé.  

Sabendo disso, a comunicação também é facilitada no sentido das palavras, cores, gesticulação e outras maneiras que o comunicador pode usar para transmitir sua mensagem. 

Pesquisas e índices contribuem

Sites de pesquisas bem conceituados são ótimas ferramentas para o comunicador usar durante sua produção. Isso porque ele terá um parâmetro para se debruçar e não ficará somente no “achismo”. Pesquisas revelam vontades ou rejeições (e outros) de um número grande de pessoas (que são ouvidas), isso serve como um indicativo sobre o que explorar e o que não explorar na hora de produzir um artigo, exemplificando. Plataformas que oferecem dicas sobre investimentos e finanças têm sua relevância. Outra ferramenta que pode iluminar um pouco as idéias dos criadores de conteúdo são as redes sociais, as trends, etc. Por mais bobas que as dacinhas de Tiktok pareçam, não queira nadar contra a força do mundo digital, ou pode acabar não sendo ouvido, ou lido. Usar essas abordagens mais populares para tratar de finanças é super válido, e porque não colocar uma frase meme no meio das suas produções? 

Como lidar com os números para se comunicar sobre finanças 

Falar sobre finanças exige sim que alguns cálculos sejam feitos, como taxas de juros, soma de valores, subtração de contas,  aquela divisão de compras no cartão de crédito ou cheque especial, entre outras equações. 

Por isso as imagens são de suma importância, elas deixam os números mais dinâmicos e de fácil entendimento. Explorar os gráficos, listas e planilhas pode fazer toda a diferença na hora de explicar sua mensagem. Opte por cores populares como o vermelho, para falar sobre algo que não bem, o verde para apontar crescimentos ou lucratividades e o azul e o amarelo para temas mais neutros. 

Lembre-se, a comunicação vai muito além de escrever, ela também é visual, auditiva e sensorial. Te ajudamos com essas dicas? Compartilhe para que outros comunicadores possam expandir seus conhecimentos. 

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