Sexta-feira, 18 de abril de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Crônica

A imagem do senhor Jesus de Santa Marinhade Vila Nova de Gaia


A imagem do senhor Jesus de Santa Marinhade Vila Nova de Gaia - Gente de Opinião

Nesta época pandémica, que parece não deixar de nos dizimar – dizem: por causa de novas variantes e à facilidade de movimentação, – é oportuno recordar como o povo de Deus se libertou de funestas calamidades, recorrendo à oração e à penitência.

Não há muito, que a TV e as redes sociais, difundiram o modo como os romanos se libertaram de implacável epidemia pedindo a proteção do senhor Jesus.

Também em 1420, a 3 de maio, os gaienses se viram atormentados com severa pandemia, que inclementemente angustiava grande parte da população.

Porém, durante a impiedosa calamidade, surdiu uma luz de esperança: Religiosa, do Convento de Jesus, da Ordem Dominicana, dessa Vila, revelou: que Jesus lhe comunicara que se realizassem procissão em Sua honra, levando a imagem do Senhor Jesus a percorrer as principais ruas da Vila, fazendo penitência e fervorosas orações, Ele, na Sua divina misericórdia, prometia o decrescimento da peste e o fim do flagelo do contágio, que tanto os angustiava.

Esperançados nas palavras da freira, animados na promessa que dissera ouvir, realizou-se imponente procissão, levando, em lugar eminente, a imagem do Senhor Jesus.

Miraculosamente, após a passarem do cortejo religioso, uns sentiram rápidas melhoras, e outros, ficaram curados instantaneamente.

Também. em 1755, a 1 de novembro, como se sabe, no temeroso terramoto de Lisboa, pereceram milhares de pessoas. O sismo foi sentido noutras localidades, originando numerosos feridos e mortes. O povo de Gaia, lembrou-se, então, do Senhor Jesus, e das curas miraculosas, quando recorreu à Sua proteção, em 1420.

Assentaram realizar majestosa procissão de agradecimento, por Jesus ter poupado a Vila desse calamitoso flagelo. Procissão grandiosa, com a participação de muito povo e autoridades dessa Vila.

Correram décadas e os habitantes esqueceram-se de prestar a merecida e prometida homenagem ao Senhor Jesus, que se venera na Matriz de Santa Marinha.

Hoje, já poucos se lembram da inexorável peste e do terrível terramoto, e menos ainda de recorrer à divina proteção.

No meu tempo de menino, ia pela mão de minha mãe, principalmente na época quaresmal, e permanecia ajoelhado na proximidade da imagem, porque era a vontade dela.

Tudo esquece, tudo passa, e a fé perdeu-se neste século mundano, e com ela, a tradição, a religiosidade popular, e a gratidão.

Gente de OpiniãoSexta-feira, 18 de abril de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

O Corão e os Discípulos de Jesus

O Corão e os Discípulos de Jesus

Sempre considerei absurdo contendas entre muçulmanos e cristãos. São execráveis. Ambos são crentes do mesmo Deus, e o Corão tem imensas afinidades c

Brasília: um sonho maçônico que precisa ser resgatado

Brasília: um sonho maçônico que precisa ser resgatado

Em 1956, quando Juscelino Kubitschek resolveu erguer Brasília, realizou uma cerimônia  no local onde hoje está o Memorial dos Povos Indígenas. Com u

Podcasts como vistas da janela da escrita

Podcasts como vistas da janela da escrita

       Incrível como as vistas da janela da escrita vêm se digladiando, no processo de divulgação de conteúdos, ao longo dos últimos anos, como se a

Confissões de um ribeirinho

Confissões de um ribeirinho

O rio Madeira está muito cheio hoje. A régua de medição das enchentes está marcando quase 17 metros em Porto Velho. Essa marca é a cota de alagação,

Gente de Opinião Sexta-feira, 18 de abril de 2025 | Porto Velho (RO)