Sexta-feira, 9 de setembro de 2022 - 14h38
As vistas produzidas
pela janela da Academia Rondoniense de Letras, têm tudo a ver com o efeito confraria,
mas falam mais fundo, pelo legado coletivo no campo da arte e da ciência: cada
acadêmico (a) deixa ao porvir trabalhos de qualidade, não fosse assim e não
seria escolhido para o seleto grupo.
Diariamente somos
surpreendidos nas mídias, por textos, telas, trabalhos científicos, palavras
orais ou ações, crônicas que dignificam a janela e suas respectivas vistas,
encantadas de “fator humano”.
São médicos que vão
além da medicina, produzindo textos com pitadas de sabedoria, tanto na área
literária, quanto na científica; desembargadores preocupados com a difícil
justiça social; um mestre da palavra oral, escrita e artística, mas que também
atende como juiz federal; um nordestino que não se cansa de reverenciar, em
seus textos, o seu Ceará; um economista, radialista, cronista e historiador, empolgado
com as riquezas históricas de Rondônia, dono de um enorme “coração de mãe,”
capaz de arregimentar,
nas mídias sociais,
inúmeros seguidores; um gentleman da política, autor de resenhas que atualizam
as novidades do ramo, Sommelier de mão cheia, que escancara as portas da sua
casa aos amigos, com um enorme sorriso na face; o grupo dos maçons, capitaneado
por um escritor de dupla verve, tanto escreve para maçons como para simples
mortais; um Procurador Federal, encantado com a causa indígena. O decano é
filósofo, professor/doutor, ignora a idade, sendo o mais profícuo dos membros
efetivos, mestre das rimas populares; temos ainda um fotógrafo que teve a
ousadia de revelar Porto Velho e as meninas artistas, umas se movimentam bem
com as palavras, outras com os pinceis, bico de pena, lápis de cor e gravuras;
no grupo dos poetas, há um juiz do trabalho, como também um jovem jornalista
que é historiador, biógrafo e cronista
de mão cheia; entre
os historiadores, o destaque vai para o professor/orientador em cursinhos
variados. Finalmente, nesta academia, habemos os editores da Temática, que
também são autores,
um deles, inclusive, publicou um livro para crianças que já alçou voo a oito
idiomas: é vista pra ninguém reclamar. Recentemente abrimos uma nova janela e
vieram vistas de Ariquemes, com contos espetaculares, daqui continuam surgindo
os nanocontos, a escritora que juntou o mar do Caribe ao Rio Madeira, a
confreira que lançou um livro para facilitar a caminhada dos advogados, a
pianista que encantou de música clássica os ouvidos da confraria, o poeta da
cidade. Infelizmente, de vez em quando, precisamos separar o joio do trigo. A
vaidade e o egocentrismo não podem falar mais alto do que as relações de amor e
amizade, em uma confraria.
Mesmo com tantas e significativas
vistas, ainda recebemos críticas maldosas, resta-nos abrir a janela de Oscar
Wilde, para divisarmos uma das suas vistas memoráveis:
“Só existe uma coisa
pior do que falarem mal de mim. É não falarem”.
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