Sexta-feira, 1 de abril de 2022 - 18h11
De todas as janelas abstratas
da vida, a do destino é a que se apresenta com o maior número de vistas
enigmáticas, que vão sendo desvendadas paulatinamente, ao longo da viagem da
vida, como se fossem vários destinos dentro de um só. O sucesso, mesmo o
oriundo de vias tortuosas, é construído com atitudes, caráter e uma boa pitada
de sorte. O destino só vem pronto para aqueles que nascem com a bunda virada
pra lua.
Há
quem acredite que nada acontece por acaso, como que sugerindo que, no fundo,
todos os acontecimentos tem um plano secreto, com entendimento inalcançável ao
ser humano.
Acreditar
que o destino já vem determinado não é uma boa, como não é sensato colocar seu
destino nas mãos de Deus. Se assim fosse, pra que livre arbítrio, se Deus já
sabe antecipadamente seu futuro? O porvir só a você pertence.
A
materialização do destino é pessoal, o será depende de suas
escolhas, de sua coragem em identificar, passo a passo, a estrada certa, diante
das encruzilhadas. Não é fácil! Vale lembrar que o favorecimento de Deus se
confunde com a autoajuda.
Melhor
é avançar, desconsiderando os percalços e as pedras no caminho. A literatura e
a filosofia nos ensinam que é doloroso viver pelo amanhã, assim, a alternativa
é viver pelo hoje, tomando como base o passado e ignorando o porvir, sem desprezar
os empurrãozinhos da sorte, ainda que inexplicáveis.
A
janela do destino, que pretende desvendar vistas longe demais, é míope,
experimente lentes para mais perto, como a educação, o esforço do aprendizado,
a ajuda de terceiros, assim você pode produzir vistas de qualidade, o que
equivale a puxar, na corrente da roda da vida, um elo de cada vez.
Por
outro lado, se o destino se confunde com a esperança, pode tornar-se doloroso,
incerto, sujeito ao martírio do tempo de espera. Depois de uma longa evolução dos
sapiens, vários conceitos, como o céu e o inferno e o espírito imortal do pós
mortem, foram gerados pela vaidade, teimosia e irracionalidade dos seres
humanos, por não se conformarem com a morte absoluta, como acontece com os
demais animais e os seres vivos vegetais. Só a morte, como um fim absoluto, nos
libertaria definitivamente da esperança, mas materializar a esperança faz bem
ao existencial.
Infelizmente
ou felizmente, o princípio da morte absoluta está fora do nosso conhecimento
empírico. As vistas calmantes e vaidosas da janela do destino/esperança, enquanto
transcendentes, pairam absolutas, prioritárias. Fodam-se as vistas materializadas
pela janela da razão!!!
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