Quinta-feira, 27 de junho de 2024 - 12h44
Em meados do século XIX, o Rio de Janeiro,
fervilhava de emigrantes portugueses, esperançados de encontrarem a: " árvore
das patacas".
Os mais pobres, iam em navios negreiros, na
condição de pagarem a viagem ao engajador, com dinheiro obtido no trabalho que
conseguiam em fazendas.
Muitos morriam devido a maleitas; outros, por
excesso de trabalho, quase escravo.
A deplorável situação chegou a ser ventilada,
na segunda metade do século XIX, em Pastoral, escrita pelo Arcebispo de Braga,
avisando os mancebos do perigo de serem enganados pelos angariadores; mas,
raros foram os que escutaram os sensatos conselhos.
Em 1879, narra Silva Pinto, que encontrou
Rafael Bordalo Pinheiro, junto do teatro D. Pedro, no Rio, em que o notável
artista contou os horrores que passou no Brasil.
Embarcara cheio de ilusões em 1875, na época
era ilustrador do " Lanterna Mágica", publicação lisboeta.
Regressou três anos depois, descorçoado, com
mulher e filha, após ter sido injuriado, e ver o gabinete de trabalho, na Rua
do Ouvidor, assaltado por populares, sem ter recebido proteção da polícia, nem
do Consulado Português!
Segundo a " Caixa de Socorros de D.
Pedro V", fundada no Rio de Janeiro, de, 1861 a 71, havia no Rio 49.610
emigrantes portugueses. A "Caixa" repatriou 4.000, e faleceram,
durante esse período, 11.000. É desconhecido a situação dos que foram trabalhar
para o interior.
Os repatriados chegavam a Portugal, desiludidos
ainda mais pobres do que partiram.
No livro " No Brasil", Silva
Pinto, relata a chegada de paquete francês, a Lisboa, com vinte passageiros,
vindos do Brasil: " Só dois obtiveram fortuna – o primeiro alugando
escravos ao mês; o segundo (uma mulher,) alugando-se diariamente. Os restantes
(...) chegaram doentes, arruinados e cheios de dívidas"
O invés, parece acontecer agora, aos imigrantes
que chegam a Lisboa, com a cabeça cheia de fantasias, (alguns de dupla
nacionalidade).
Vasco Malta, Chefe da Missão em Portugal, da
Organização Internacional das Migrações (OIM), tem ajudado muitos imigrantes a
regressarem à terra natal. Brasileiros foram, 1831, desiludidos por não terem
conseguido trabalho, nem casa. Alguns encontravam-se na mais esquálida miséria.
Repete-se, infelizmente, em pleno século XXI, a
História e as histórias, dos portugueses, no século XIX e XX, no Brasil.
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