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Crônica

Chupa-Cabra


Luiz Albuquerque - Gente de Opinião
Luiz Albuquerque

Se existe ou não é questão de cada um acreditar, mas há alguns anos rondou por aqui um personagem estranho. Muitos disseram tê-lo visto, enquanto outros juram terem sido atacados por ele. É o “Chupa-Cabra”, um indescritível ser com aparência sinistra de um lobo com detalhes humanos.

Esse personagem, misto de homem e animal ainda desconhecido pela zoologia, supostamente andou matando animais em diversas regiões da América, inclusive no Brasil. Seu nome vem de Porto Rico, onde várias cabras foram encontradas mortas com marcas de dentadas tendo o sangue largamente drenado. Cabras, ovelhas, bezerros e galinhas apareceram mortos, sem sangue, sem orelhas, patas, focinhos e sem os principais órgãos, que parecia terem sido retirados por pequenos orifícios.

Geralmente as vítimas eram fêmeas prenhes e não apresentavam sinais de luta. Segundo consta, ninguém presenciou ainda um ataque do Chupa-Cabra, embora muitos juram terem visto a “coisa”. Até hoje o bicho é um mistério.

Na década de 1990 as aparições de supostos chupa-cabras correram o Brasil. Em vários estados pessoas diziam terem visto, quase sempre em pequenas cidades ou em sítios do interior, onde moradores, assustados, relatavam mortes de animais de pequeno e médio porte, tendo como características pescoços furados, muitos cortes e órgãos destroçados.

Numa certa capital do Norte do Brasil houve relatos de tal bicho. O primeiro, que foi amplamente divulgado pela imprensa local, dizia de um morador da periferia que teria sido acordado por um barulho no quintal onde criava porcos e galinhas. Ao abrir a janela, viu o vulto de um bicho estranho, cuja aparência lembrava um grande cão sobre duas patas. Com as patas dianteiras ele prendia um porco, enquanto mordia seu pescoço. Curiosamente, o suíno não emitia nenhum barulho. O morador buscou um rifle e, ainda da janela, atirou algumas vezes, tendo o monstro largado a presa e sumido nos fundos escurecido do quintal.

Tal fato logo se espalhou na cidade. Não demorou para que outras testemunhas procurassem a imprensa para relatar fatos semelhantes e cada vez mais aterrorizantes. Logo, pessoas passaram até a procurar a polícia denunciando terem sido atacadas pelo chupa-cabra, ainda que nenhuma das ocorrências tenha sido comprovada. Os ataques foram caindo no descrédito até virar galhofa, tendo gente comentando que, na verdade, o tal “monstro” nada mais era que o disfarce de algum “Ricardão” pulando cerca para a casa da vizinha. Finalmente, o monstro caiu no esquecimento e ninguém falou mais no assunto.

A não ser algum tempo depois, quando um outro tipo de chupa-cabra apareceu. Esse, que nada tinha de animal, era, na verdade, um aparelho que, encaixado junto à porta de entrada de cartões nos caixas eletrônicos, copiava todos os dados, assim como a senha do usuário, o que permitia aos golpistas utilizá-los à seu bel-prazer, trazendo grandes prejuízos aos proprietários dos mesmos.

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