Terça-feira, 3 de novembro de 2020 - 18h44
A
evolução científica, tecnológica, computacional, não admite retrocessos, o novo
é a meta, está sempre à frente e vai sendo perseguido, ora a passos lentos ora
a passos largos, mas ininterruptamente, como ondas quebrando na praia, fracas
ou fortes, conforme a região do planeta. Não adianta remarmos contra, os
avanços continuarão, sem limites. Adapte-se à correnteza do rio, o que tiver de
ser será. O inconformismo é um tiro no pé.
O
futuro e a ficção científica estão tão próximos, que a imaginação se deitou no
divã do psicanalista, em busca do tempo presente, já que somos pretéritos
imperfeitos. Um milionésimo de segundo à frente e já é futuro. Cadê
o presente? Não sou! Serei?… Interesso-me muito pelo futuro: é lá que passarei o resto da
minha vida.
Resta
aos mais velhos se adaptarem a essa corrida visionária e desenfreada pelo novo,
para não serem humilhados pelos jovens. De que adianta, por exemplo, irmos
contra a Inteligência Artificial, o Youtube, o Instagram, o Face, o Twitter, o
WhatsApp, os inúmeros aplicativos, se nessa concorrência entre o velho e o
novo, a juventude menosprezou/a o espelho retrovisor. O melhor profeta do
futuro, segundo Lord Byron, é o passado. Telex, fax, orelhão, máquina de
escrever, fita cassete, Cd, cebolão, Atari, Nintendo, quem se preocupa?
As
conquistas das ciências são mais valorizadas daqui pra frente do que daqui pra
trás, a história só é lembrada, quando é para comparações aparentemente
absurdas: Elon Musk é uma combinação moderna de Thomas Edison, Henry Ford,
Howard Hughes e Steve Jobs. Ele é o homem por trás do PayPal, da Tesla Motors,
da SpaceX e da Solar City que estão operando uma verdadeira revolução na
indústria e no meio corporativo (Elon Musk −
Como o CEO bilionário da SpaceX e da Tesla está moldando nosso futuro) – Ashlee
Vance − Intrínseca – 2015).
Precisamos
aceitar e usar o progresso a nosso favor, nadando impulsionado pela maré e não
contra. Errado é a forma como usamos os novos recursos da informática. Outro
dia assisti uma conferência, no Youtube, em que a professora/palestrante dizia
dos ganhos, nas regras de convivência e no crescimento intelectual, se em vez
de usarmos as mídias para fofocas, fakenews, etc., nelas inseríssemos textos
filosóficos, científicos, literários ou até mesmo de auto ajuda. Viver é
ter, sobreviver é pretexto.
Difícil
é fazer a juventude se interessar por uma leitura, com mais de 300 caracteres,
ou por uma palestra em vídeo com mais de 10 minutos. O rótulo encarcerante da
moda atende pelo nome de Podcast, substituindo a visão pela audição. Mais um
cárcere à espera de nova tecnologia libertadora: a comunicação holística
do futuro virá pelo canal da percepção extrassensorial, o império do sexto
sentido. Somos todos tripulantes do ponto azul, perdidos no espaço,
remando a favor da maré, em busca da perfeição.
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