Segunda-feira, 13 de setembro de 2021 - 10h50
A História Política do Brasil registra
vários bravateiros. Lembro de Jânio Quadros e sua vassoura que pretendia varrer
a corrupção e a mediocridade do Brasil; lembro dos fiscais do Sarney; do
estúpido e vaidoso Collor de Mello, que fazia questão do nome com dois eles e que
se apresentava como o Caçador de Marajás; lembro do Lula, o sindicalista/trabalhador,
alçado à presidência, pela esquerda, como a solução para os problemas do Brasil.
Chegaram a compara-lo ao polonês Lech Walesa, prêmio Nobel da paz, mas o que se
viu, na prática, foi um grupo de sedentos esquerdistas, com a missão de
dilapidar as estatais brasileiras e o BNDES, sem escrúpulos, sem nenhum amor à
Pátria, usando o dinheiro do povo em proveito próprio ou para resolver os
problemas infra estruturais de outros países, em nome de uma ideologia que não
era, nem nunca foi, consenso nacional. A nossa bandeira nunca será vermelha!
Lembro de Dilma, a primeira
mulher a governar, por cerca de seis anos, envergonhando o Brasil, com suas
tiradas anta-ológicas. Éramos vistos como um país medíocre, a verdadeira
república de bananas. Aí apareceu uma possível esperança − verde. As
propinas e a corrupção sem pudor ensejaram as investigações da Lavajato, que,
associadas ao Exército Brasileiro, acabaram sendo os decisivos cabos eleitorais
do futuro presidente: o discurso se aproximava das pretensões do eleitor, com
um general como vice e a tão esperada ascensão do comandante da Lavajato ao
posto de Ministro da Justiça.
E, neste contexto super
otimista, surgiu Jair Messias Bolsonaro − um novo Messias ou um repaginado
Macunaíma? Nem o livro sagrado nem a obra modernista de Mario de Andrade,
merecem a comparação. Depois de quase três anos de governo e após os últimos
acontecimentos, o “capitão morde e assopra”, na realidade, mais se aproxima do
avestruz, que, quando se vê em apuros, enterra a cabeça num buraco e oferece o rabo
aos perseguidores. Ah que vontade de dar um chute na traseira macia do
avestruz. Diante da absurda corrupção dos esquerdopatas, as providências da
direita conservadora e o voto do eleitor corresponderam às expectativas, só não
esperávamos um fantoche se passando por herói. “O descontentamento é o
primeiro passo na evolução de um homem ou de uma nação” (Oscar Wilde).
Se não podia com o pote, por
que colocou a rodilha? Nós, falo como a parcela esclarecida do povo, não
queríamos um golpe, nem uma ditadura, mesmo porque as Forças Armadas (leia-se
Colégio de Generais) não aprovaram o jeitão destrambelhado dele governar, queríamos
sim um presidente que desse apoio incondicional aos procuradores da Lavajato e
ao Juiz Sérgio Moro, que os defendesse, com unhas e dentes, dos corvos de mau
agouro do STF, a fim de que não se perdesse todo um serviço de investigação,
como de fato ocorreu: o ministro Fachin jogou tudo na lata do lixo (só Deus
sabe a que preço), mesmo depois de bilhões de reais serem devolvidos aos cofres
públicos. Haja saco!!!
Claro que a gente sabe da
dificuldade de modificar a Constituição Federal sem o apoio do Parlamento; claro
que a gente sabe que a Suprema Corte envergonha o país, mas não se pode trocar
ministros com movimento de caminhoneiros. Para trocar à força, só com um líder
de pulso forte, sem telhado de vidro, mediante uma revolução, pacífica
ou não, com apoio popular e das Forças Armadas. A gente sabe também que temos o
Judiciário e o Legislativo mais caros do mundo e não se modifica dois poderes
de tamanha importância, esperando que eles atirem nos próprios pés. A mudança,
nos tempos atuais, é um sonho impossível, incompatível com movimentos pacíficos
de rua. Melhor se conformar com o sentimento de inferioridade, com o complexo
de vira-lata, construídos pelos “gênios democratas” da nova república, depois
de 21 anos de progresso sem corrupção, e aceitar educação, saúde e segurança de
2ª categoria.
Desde o rompimento com o juiz
Sérgio Moura, dos escândalos familiares, das bravatas do dia da Pátria, da
aproximação com o Centrão, a parcela podre da política brasileira, que já desconfiávamos
− ele é mais do mesmo. E não me venham falar da estratégia de dar um
passo atrás para depois dar dois à frente, pois antevejo a derrota nas urnas
eletrônicas, a imposição das vontades da toga, um parlamento viciado em
corrupção, o retorno da esquerda ao executivo e o triunfo da Globo lixo,
culminando com os três podres poderes, expondo ao mundo, a síndrome do
escaravelho, rolando a bosta pra debaixo do tapete da nação, ignorando as
carências do Zé Povo. E todos serão felizes para sempre, apesar
do IDH comparável a países miseráveis. Este não é um país sério.
Como a corrupção de Lula e a
inteligência de Dilma, além do estudo crítico sobre os parâmetros do
socialismo/comunismo no mundo, já haviam me afastado da esquerda, acreditei no atual
líder da direita, imbuído do pensamento de Fernando Teixeira: “Há um tempo em
que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e
esquecer os caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da
travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de
nós mesmos”.
Pois é, meu processo de
travessia pra direita nem se completara e já me vejo, apoiando, no mundo da
especulação, o espectro de outro líder − capitalista, caráter forte,
competente, conservador e com traços de social democrata, inspirado nos
governos dos países do Norte da Europa, embora saiba que falta ao Brasil o
componente mais marcante desses países: a educação!!! Assim sendo teremos que
nos conformar com a escolha da escória política para dirigir esse país. O
brasileiro, mal informado e mal educado, não sabe votar.
“Se você
agir sempre com dignidade, talvez não consiga mudar o mundo, mas será um
canalha a menos” (John Kennedy). Não me sinto confortável
apoiando um líder sem hombridade, incompetente, que mal sabe limpar a própria
sujeira. A cartilha da presidência precisa
ser lida com mais seriedade, sem fanfarronices. Eu e milhares de eleitores,
ainda que incrédulos, estaremos aguardando outra opção, democrática ou não,
desde que não seja Lula, nem o capitão Bolsonaro. Pelo bem do Brasil, os
fins justificam os meios.
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