Domingo, 2 de julho de 2023 - 11h32
ocasião contactei vários construtores;
confrontei preços e assentei entregar a obra a empresa que me pareceu ser a
melhor opção – em preço e qualidade.
No dia aprazado, compareceu o encarregado com
mancebo de vinte anos. Era o aprendiz.
Como estava reformado, presenciei durante dois
longos meses, a reparação, e fui metendo conversa com operários, mormente o
encarregado, homem simpático e afável.
Conheci que trabalhava desde os catorze anos;
mas de catraio ajudava o pai na lida, em biscates, nos fins-de-semana.
Revelou-me, ainda: como amigo de saber,
observara os oficiais, e aos poucos conheceu os segredos da canalização,
carpintaria e pintura:
- "Hoje não é assim (continuou). O Moço
que trago iniciou-se aos dezoito anos no comercio, e só dois anos depois é que
entrou na arte. Nada conhece... nem massa sabe fazer! Ganha quase tanto como
eu!...Sobem o salário mínimo, mas esquecem-se de aumentar aos mestres. É bom
moço: sabe línguas e lê como um professor... – Concluiu.
Noutra ocasião desabafou: "pretendo
estabelecer-me, mas preciso de capital!...Com o que ganho é difícil..."
A obra foi dada por concluída, mas fiquei com o
número do seu telefone, para futuros biscates.
Durante anos foi-me utilíssimo. Por tudo e por
nada, chamava o Júlio. Não era pontual, mas tudo consertava.
Certa vez ao telefonar-lhe para reparar a
persiana do quarto, respondeu-me da Bélgica. Emigrara para poder realizar seu
sonho.
Não são só os cérebros que emigram. São os bons
operários, os mestres, que trabalharam desde criança, e por não terem sido
reconhecidos, partem em busca de melhor vida e esperança de velhice confortável
e digna.
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