Segunda-feira, 3 de julho de 2023 - 13h37
Em algum
dia da sua vida, todo estudante universitário foi de esquerda. Difícil foi
mudar de alcova, reconhecer a perniciosidade das ideias socialistas, fugir dos
afagos da utopia igualitária, romper as amarras da ideologia. Doeu, mas muitos
se libertaram da cegueira ideológica. Buscaram, como eu, novas lentes e
hoje nós nos consideramos curados de um mal qua aflige muita gente, gente
que vendo não vê, como dizia o mestre Saramago. Ou vê, mas é adepto da
mamata esquerdista, que encheu e quer voltar a encher os bolsos da esquerda
corrupta, com o bolo da arrecadação. Até os corruptos ditadores de países
vizinhos já estão voltando a assumir seus lugares no banquete da corrupção, sob
os olhares condescendentes do STF, do Exército Brasileiro e do BNDES. Vide
Maduro!
O
filósofo Luiz Felipe Pondé tem razão quando argumenta, que o debate político no
país está muito atrasado, ainda na pré-história. Por aqui, muitos ainda acham
que socialismo e liberdade podem ser usados na mesma frase, como se não fossem
antagônicos. “A esquerda constrói para si a imagem de humanista, de
superioridade moral, e quem discorda dessa imagem o faz porque é mau. Segundo o
filósofo, o socialismo, até agora, conseguiu manter no Brasil suas aparências
de vanguardista, progressista, moderno. Lula virou menino propaganda e saiu
pelo mundo, com a bandeira do meio ambiente, tentando convencer as sociais
democracias europeias, que o Brasil é um país sério. Contudo, quem conhece a
fundo as demagógicas esquerdas latino-americanas, está com um pé atrás.
Infelizmente,
Pondé, a hegemonia da esquerda é proporcional à ignorância do país, não acabou.
A direita não conta com uma massa inteligente capaz de desmascarar, no momento,
a esquerda brasileira. A esquerda passou mais de 20 anos se estruturando,
doutrinando os meios de comunicação, as universidades e as escolas públicas. A
educação e a informação nunca foram o lado forte da direita. Seria necessário um
outro tipo de Bolsonaro. Diria, um Bolsonaro general, mais graduado! Com menos
alienação, menos arroubo e mais apoio do seio das forças armadas. Esse que
geramos foi um mero bobo da corte. O povo merecia mais.
A
esquerda é como gato, tem sete vidas, usa a inteligência em proveito próprio,
para voltar a encher os cofres privados. A massa ignorante se contenta com
pouco, bastou Lula oferecer um pedacinho de carne, com uma cervejinha, que
acabou ganhando a eleição. Sem contar a estratégia do STF, ameaçando todo
mundo. O povo não sabe calcular o quanto perde com a corrupção, nem o
significado da verdadeira social democracia, praticada no norte europeu, que
prioriza os valores morais, a honestidade, a saúde, a educação e a segurança
para seu povo.
A gente
percebe que há um complô nacional/internacional conivente com a corrupção
lulista, ratificando uma espécie de ojeriza as nossas cores, aos nossos
símbolos, aos nossos valores morais, ao princípio da honestidade, do amor à família,
e o que é muito pior, ao que o Exército Brasileiro representa, enquanto garantidor da lei, da ordem e dos poderes
constitucionais. Quando se fala em EB se pensa logo em ditadura militar.
Entretanto,
não há como negar, a nação foi vítima de
uma quadrilha de espertalhões, convenientemente apelidada de esquerda caviar,
que planejava permanecer 50 anos no poder, e, mesmo com tantas evidências
conclusivas, como as delações premiadas de Palocci, Cabral, empreiteiros e
doleiros, mesmo com processos julgados em 1ª, 2ª e 3ª instâncias, mesmo com
tanto dinheiro devolvido aos cofres públicos, ainda há um grupo de brasileiros,
os mais comprometidos com a corrupção, donos do poder da persuasão populista, que
aplaudiu e aplaude o retorno de Lula, do
PT e dos petralhas ao poder. Muita gente gosta de ser enganada. De sonhar
acordada!
Os erros
existiram/existem, desilusões e decepções para com a política de Bolsonaro
foram/são normais, mas, diferentemente da esquerda, a direita emergente não
pretende fazer do Brasil um lugar ideal, só possível em contos de fadas: liberais
e conservadores não prometem um país rosado, cheio de flores, com igualdade
para todos, mas com certeza advogam a influência positiva de fatores, como a família, a honestidade, a pátria,
a religião, a cultura e as tradições, nas "soluções" governamentais.
A esquerda foi testada por mais de 25 anos e decepcionou, a direita só teve 4
anos, precisa continuar o projeto de saneamento, na distribuição do orçamento.
Foi um calvário percorrido e precisa de continuidade, principalmente quando se
sabe que nossa Constituição Federal é parlamentarista num regime
presidencialista. A conivência e a conveniência estão presentes no vocabulário
dos parlamentares.
Num país que tem o Congresso mais corrupto do universo e o segundo
mais caro do planeta, não se resolve facilmente os problemas criados pela
esquerda caviar. Vale
salientar ainda, que a direita, no Brasil, não possui um espaço relevante, nem
é estável, como nos EUA. Políticos que seguem uma pauta verdadeiramente liberal
são poucos. As diferenças sociais falam mais alto, daí porque essa não é uma
pauta popular.
Parlamentares têm privilégios em todos os países. Contudo, no
Brasil, isso ocorre em uma escala muito maior. Segundo especialistas, se o
Congresso reduzisse seus gastos para o mesmo nível do México (que tem
quantidade de deputados e senadores similar à nossa), seria possível economizar
R$ 7,3 bilhões por ano. Os poderes republicanos desperdiçam valores
absurdos.
Jeito tem, mas a lei que impera no Brasil é a lei de
Gérson e, para acabar com ela, só com uma revolução de princípios, que mirasse
o âmago dos brasileiros, a educação de berço. Infelizmente temos que conviver
com essa utopia necessária, no desenrolar da nossa democracia comprometida.
Todavia a polarização da última eleição só comprovou a evidência: cerca de
metade dos eleitores são ignorantes, coniventes e aceitam pacificamente a
corrupção. Não tem Jeito!
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