Sábado, 18 de janeiro de 2025 - 09h15
Recentemente narrei o grande amor de Júlio
Dinis, pela menina Henriqueta, companheira de folguedo do escritor, e pupila do
Senhor Reitor de Grijó (Gaia).
Parece-me, portanto, oportuno abordar agora a
primeira obra do escritor, publicada em folhetins, a 12 de maio de 1866, no:
" O Jornal do Porto", e mais tarde reunido em livro, em outubro de
1867. Edição que se esgotou no prazo de um mês!
Júlio Dinis nunca foi ilustre desconhecido, seu
talento, como médico, era notório, mas ninguém o conhecia como notável
escritor, nem o próprio pai., o Dr. Gomes Coelho.
Várias vezes o progenitor chegou a prosear, com
amigos, sobre quem seria o neófito escritor, que escrevia os folhetins, no jornal
portuense.
Até que um dia, tendo ido ao quarto do filho,
encontrou surpreso sobre a secretaria, manuscritos, que lhe despertaram
curiosidade.
Ao ler as primeiras linhas, imediatamente,
descobriu, que o jovem que escrevia o folhetim, para "O Jornal do Porto",
era nem mais nem menos, seu filho.
Pinheiro Chagas, Alexandre Herculano, entre
outros, até o " briguento" Camilo, em carta a Castilho, escrevia,
referindo-se ao autor das " Pupilas do Senhor Reitor." Aquilo é
rebate de entroixar eu a minha papelada e desempeçar a entrada á nova
geração."
Será que, ao escrever: " As
Pupilas",o primeiro romance, Júlio Dinis, inspirou-se na Henriquinha, a
menina que desde pequena, exerceu séria influencia, na sua curta existência.
Creio que sim: Daniel, filho do José das Dornas, o rapaz que aprendia latim e
nutria especial afeição pela pastorinha, chamada Margarida.
Mais tarde, formado em medicina – o mesmo curso
de Júlio Dinis, – regressou, à aldeia, e encontra a amiga de infância, já
mulher, que ainda nutre afeição pelo rapaz, que aprendia latim. Margarida a
pegureira, não será a figura disfarçada de Henriqueta?
Em muitas obras do escritor, a Henriqueta,
surge, de forma mais evidente. É natural. Não era a menina, sua companheira de
infância e seu grande amor?
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