Quarta-feira, 23 de junho de 2021 - 13h28
Não é de agora que se diz que
existem pessoas que movem o mundo e outras que só aproveitam a viagem, no
entanto para mover o mundo é preciso ter cacife para isso, é preciso demonstrar
sua capacidade de expandir horizontes. Os que só olham pelas janelas da nave/Terra,
acompanham o fluxo, não protestam, aceitam tudo e se deixam guiar, são massa de
manobra, vacas de presépio, não fedem nem cheiram, são a matéria prima dos profissionais
deletérios da política. Assistir noticiário na TV já não agrada, principalmente
com a instalação da CPI no Senado, com o que há de pior entre os senadores,
desqualificando os debates e as intenções, meramente políticas. Ninguém mais morre
de câncer, de velhice, do coração ou de acidentes, todas as mortes do país são
creditadas ao coronavírus e ao presidente da República, num trabalho deprimente
das mídias formais, como se estivessem comemorando e não lamentando o número de
mortos: − solta foguetes minha gente, morreu mais dois mil…
A gente não deve esquecer que
a imprensa, comprometida em derrubar o atual presidente, quando quer, tira
qualquer um do sério, principalmente se está em jogo “boquinhas e bocarras”
perdidas. Impossível esquecer que a essência da imprensa, com o aval da ABI, que nesta semana
divulgou editorial, pedindo o impeachment do presidente, devido a um insignificante
bate-boca dele, com uma repórter global, é a mesma que, guardadas as devidas
distâncias de tempo e interesse, acionou o gatilho do suicídio
de Getúlio Vargas; destruiu a reputação de JK; derrubou Jango; apoiou e usou o
regime militar, como escada para alçar voo; atrasou as eleições diretas e a
redemocratização do país; inventou e elegeu Fernando Collor, em Alagoas, Sarney
no Maranhão e ACM na Bahia; enfraqueceu politicamente Leonel Brizola; fraudou a
lisura da disputa entre Lula e Collor; apoiou todos os planos econômicos que
empobreceram a população.
É a mesma imprensa que denunciou e
perseguiu Lula, chamando-o de ladrão, em diversas oportunidades, e agora,
pretende reconduzi-lo ao Planalto, como Fénix. É a mesma que contribuiu para a
ridicularização de Dilma Rousseff; que cometeu inúmeras fraudes de informação
para forçar a vitória de Aécio Neves, em 2014; que apoiou o PSDB na maior
sabotagem econômica e política já cometida contra um governo, na história desse
país; que transformou Eduardo Cunha num homem poderoso e depois conspirou para
a sua prisão e soltura; que pressionou o STF inúmeras vezes, inclusive
concordando com o desfecho ridículo do impeachment de Dilma, sem a perda dos
direito políticos, contrariando as exigências constitucionais e patrocinando um
conchavo entre Lewandowski e Renan Calheiros, que causou espécie ao mundo do
direito. Ao povo cabe,
urgentemente, perceber que a Mídia não é onipotente, é manipuladora!
Às vezes eu acho que a
nave/Brasil merece os males, os castigos que lhe acompanham no decorrer da
viagem, pois os passageiros pedem por isso, não são coerentes com as pretensões,
na hora do voto, são egoístas, já se acostumaram com a corrupção e, quando
aparece alguém querendo estreitar as distâncias sociais, construir obras
necessárias, acabar ou diminuir a corrupção, eles aceitam que o preguem na
cruz, o queimem na fogueira, ou façam de tudo para que aquela liderança perca a
credibilidade pública, instituindo a política do quanto pior melhor. Não há
isenção no jornalismo, principalmente na hora de ajudar na formação de opiniões.
Impera no meio de todos a lei de Gerson.
A
construção da democracia, em qualquer país, passa obrigatoriamente pela
democratização da mídia, em sua relação com a sociedade, caso contrário, estaremos
fadados a nos rendermos ao seu papel de quarto poder, lesivo aos interesses
nacionais. No Brasil da corrupção, o público nunca sabe quando a informação
é verdadeira, a mesma mídia que tem poder para difundir notícias, tem poder
para manter segredos e difundir silêncios.
Ontem e hoje, a imprensa usa a força de quarto
poder republicano, para manipular a opinião pública, simplesmente porque não
está na lista das benesses governamentais. Basta uma pequena imersão na
História, como fizemos acima, para percebermos como a imprensa funciona, salvo
pequenos e inexpressivos meios de comunicação, além de denodados jornalistas
que abrem mão de seu conforto pessoal para informar com responsabilidade. A internet vem modificando
esse imperialismo jornalístico, os jovens de hoje já não são escravos da TV, da
esquerda doentia, nem de jornais exauridos, juntos formarão o quinto poder. “A imprensa brasileira formal é facciosa, venal
e criminosa”.
Apesar da pandemia, da imprensa capciosa e
dos políticos canalhas, estamos nos movendo, não com a velocidade desejada, não
como os demais países do G20, o que significa dizer que o fosso que nos separa
da realidade mundial está aumentando, para gáudio das mídias oposicionistas. Enquanto
o Brasil não tiver uma imprensa independente e isenta, e políticos estadistas, o
presidente terá que se sujeitar a governar, enfrentando e tolerando essa mídia
inescrupulosa e infame, que influencia e trava atitudes que visam o progresso
do país, vide BR-319. Sorria, quinto poder já!
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