Sexta-feira, 30 de setembro de 2022 - 13h32
A vida é feita de escolhas,
a cada milésimo de segundo nós temos de tomar uma decisão, e não temos como
fugir disso! Tudo na vida é determinado pelas escolhas, e como é difícil
acertar. A escolha do momento passa por uma análise comparativa, entre
candidatos que querem governar o país ou que querem nos representar nas
Assembleias, Câmara e Senado. São muitas encruzilhadas partidárias e estamos
sujeitos ao discurso convincente, às vezes demagógico, do político. Não é raro
uma escolha, presumidamente certa, tornar-se errada, pelas atitudes do político
escolhido, como se a nossa opção, o nosso desejo, aparentemente certos,
estivessem sendo anulados por decisões e atitudes do escolhido. A validação de
nosso voto, depende da atitude do outro. Assim são as escolhas, no mundo da
política, uma espécie de loteria.
Os políticos não trazem na testa um visor, relatando, em caso de vitória
nas urnas, boas ações públicas. Alguns são lobos em pele de cordeiro. E, se o
candidato for político de carreira, dificulta ainda mais, porque ele conhece a
teoria da camuflagem verbal. Ainda assim, mesmo sabendo que são mínimas as
chances de seu voto contribuir para colocar no poder um político bem
intencionado, vote, acredite: só acerta quem joga!!!
No difícil jogo da escolha
política, o pior é saber que a escolha singular não é decisória, dependemos do
coletivo, do efeito do discurso, da propaganda, do legado, da ideologia, enfim
são inúmeros fatores a influírem no resultado da eleição. Muitos são
chamados, mas poucos, escolhidos!
A angústia da expectativa muda o humor, provoca discussões virtuais e
nos põe à beira de um abismo depressivo, com o dilema da escolha ruidosa,
baseada na aparência, na utilização das mídias sociais, na quantidade de
“formiguinhas” e de bandeiras tremuladas nos semáforos da cidade, pontuadas por
slogans, entremeados ao número do candidato. Mídias de toda ordem bombardeiam
nossos sentidos, com números e imagens dificilmente apreendidos.
Por vivermos numa sociedade
em que se enxerga mais o ter, em que se ignora a função social da propriedade, em
que se valoriza o ser pela cor da pele, pelo sexo, pelo gênero, etc. etc., as
minorias da população continuarão sendo mera sombra social, contudo quanto mais
miserável, mais invisível: só aparece nas estatísticas e no planejamento
político. Vale salientar que a eleição, em muitos estados, ainda está a mercê
do capital, ganha quem tem mais dinheiro pra gastar. Nessa época, além do
auxílio federal, os miseráveis vendem seus votos e aprendem, nas sedes dos
partidos, como usar uma cola, sequer sabem os nomes dos candidatos.
Infelizmente essa massa
invisível, formada por quem está abaixo da linha da pobreza é a mais visada
pelos políticos, em tempos eleitorais, porque sabem da vulnerabilidade dessa
gente, diante da escolha de um candidato; são os que se vendem facilmente,
porque a fome é imediatista, são os que não cobram resultados, são os “sem
noção”, os que não possuem uma consciência crítica da própria existência. A
educação, o emprego, a instrução, as políticas públicas, quase nunca chegam a
esses cidadãos, cerca de 27 milhões de pessoas, 12,8% da população brasileira.
São tantos partidos, tantas esquerdas
e tantas direitas, são tantas propostas, tantas faces se oferecendo ao olhar do
eleitor, tantas mãos entreabertas para que não lhes possamos ver as linhas do
destino, tantos discursos demagógicos, tanta ingenuidade, assimilando as
promessas e prometendo o voto, como possíveis vítimas do populismo manjado, mas
ainda eficiente cabo eleitoral, que ao fim da jornada
existencial, ao olharmos pra trás, percebemos, conclusivamente, que a soma das
nossas escolhas, à esquerda, à direita ou ao centro, na política brasileira,
não foi lá grande coisa, isto porque o caráter do político depende de uma
sociedade consciente, instruída e sólida, o que não é o nosso caso. Os
políticos são a imagem e semelhança dos eleitores.
A política, enquanto
administração do patrimônio público, para o bem de todos, é como o racismo
estrutural, só mudará se os esforços pela mudança persistirem num horizonte
evolutivo de centenas de anos. O homem já veio ao mundo com sérios problemas
estruturais, que se agravaram conforme a região em que nasceu, a miscigenação,
etc. Segundo Yuval Noah Harari, muitas dessas imperfeições estão ligadas às
origens, aos sapiens, aos neandertais, etc. daí porque os povos são tão
diferentes. Daí porque as inúmeras religiões existentes no mundo não conseguem
priorizar, no ser humano, o amor ao próximo, diminuindo as distâncias sociais.
Daí porque as soluções de convivência, para agradarem ao humano,
são colocadas a nível extraterreno, num mundo espiritual inatingível, surreal,
abstrato! Céu, nirvana, paraíso
simbolizam a transcendência, a sacralidade, a perenidade, o poder, o
inalcançável. Por isso, céu é sinônimo de esperança para os invisíveis, a
recompensa divina, o contraponto do voto, em relação ao mundo existencial, às mudanças
das decisões políticas, materializadas pelos humanos. Por que me
preocupar com a Terra se meu destino é o Céu???
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