Segunda-feira, 8 de novembro de 2021 - 10h13
Por mais fraca que seja a
memória do brasileiro, não se deve confundir esta característica com ingratidão,
pois é impossível concorrer com a borracha do tempo. O ídolo, o herói, em todas
as áreas, quando nos deixam de forma abrupta, inesperada, se não viram mitos,
caminham com a gente, por muitos anos, um tempo compatível com a influência do
morto em nossas vidas. Foi assim com Airton Senna, com inúmeros religiosos,
políticos, artistas e desportistas que já se foram, está sendo assim com a
cantora Marília Mendonça.
Contudo, existem pessoas, como
o Zekatraca, que, além de artistas, deixaram, regionalmente, um legado de
realizações em benefício da cultura popular, merecendo a gratidão das nossas
autoridades, em nome deste povo sofrido, que por mais de 50 anos foi “atrakado”
com feitos em prol dos folguedos folclóricos e do exercício do bom humor, solidificando
uma influência admirável, junto aos brincantes e à classe artística, digna de um
retorno justo, em forma de reconhecimento pelo que eles eram e fizeram.
Zekatraca, além de compositor
e agitador cultural, foi um dos sonhadores pela construção da Cidade da
Cultura, no local conhecido como Parque dos Tanques. O projeto, com a
planta da construção civil, chegou a ficar pronto, só não foi concretizado por
falta de empenho das autoridades: alegaram que o local era impróprio, pois já
funcionara como aterro sanitário. Ora bolas, se havia verbas, por que não
escolheram outro lugar? Por aqui tudo é difícil, porque os gestores públicos
são forasteiros, não tem amor a esta terra que os acolheu.
Eu não fui amigo próximo do
Silvio Macêdo dos Santos, era daqueles que aplaudia à distância, com
reverência, respeitando seu jeitão simples de ser e de influir, junto aos
brincantes e aos espectadores. O que seria do Arraial Flor do Maracujá, sem
suas quadrilhas e boi bumbás, o que seria das escolas de samba, da Banda do Vai
Quem Quer, sem o dedo transformador do Zekatraca?
Enfim, onde quer que exista um
trabalho artístico/cultural popular pode-se encontrar a influência do Zekatraca,
isso sem contar os milhares de leitores que ele possuía na mídia impressa, no site
Gente de Opinião e no seu blog pessoal. Por estas e por outras nós fomos
incentivados a convida-lo a fazer parte do quadro efetivo dos 40 membros da
Academia Rondoniense de Letras - ARL. Ele imortalizou-se em 14 de março de
2020, na cadeira 38, cujo patrono é o jornalista José Ailton Ferreira Bahia.
Tentando minimizar o efeito
Alzheimer, na memória coletiva, a ARL, pelos seus membros e diretoria decidiu apoiar
o competente vereador, Aleks Palitot, também membro da ARL, no sentido da
aprovação de um projeto de lei ou outro meio adequado, junto aos pares da
Câmara de Vereadores de Porto Velho, para renomear a Fundação Cultural de Porto
Velho, que já foi apelidada de Iaripuna, para Fundação Cultural Silvio
Santos, bem como nomear o Mercado Cultural de Mercado Cultural Zekatraca.
Com a nomenclatura, Zekatraca, homenageando a forma como ele, Silvio Macedo dos
Santos, escrevia, no seu blog pessoal (http://silviozekatraca.blogspot.com/2021/10/lenha-na-fogueira).
Em assim procedendo, estaremos
esticando o tempo de permanência, na memória coletiva, do agitador/ativista
cultural Sílvio Santos/Zekatraca, como forma de agradecimento por tudo que ele fez
pela cultura, pelo bom humor cativante e pela maneira sentimental, como
declarou, em suas composições, carnavalescas ou não, o amor ao rincão natal.
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