Segunda-feira, 30 de agosto de 2021 - 12h26
Os besouros conhecidos por
escaravelhos são de vários tipos e tamanhos e encantam os humanos desde o
Egito, onde era endeusado como benfeitor da agricultura, mas foi na literatura,
pela pena do famoso escritor estadunidense, Edgar Allan Poe, que ele ganhou
nobreza, titulando um conto – O Escaravelho de Ouro – com o qual o autor
ganhou cem dólares, em 1840, por ter conseguido o 1º lugar em um concurso, nos
EUA. Anos mais tarde, em 1946, o nosso escritor modernista Oswald de Andrade
escreveu um longo poema com o mesmo título.
Os tais insetos coleópteros,
pertencente à família Scarabaeidae, apresentam grande diversidade de hábitos
alimentares e modos de vida, no entanto, a espécie que ganhou popularidade e
até hoje abre o riso da gurizada é o que se alimenta dos excrementos de animais
herbívoros, fazendo rolinhos deles e, com um senso de direção extraordinário, alcança
a sua morada. Devido a essa característica são conhecidos como rola-bosta,
vira-bosta ou bosteiro.
Das figuras de linguagem que o escritor usa, a metáfora é a mais apreciada e se destaca, no prazer de servir, como figura de estilo aos apreciadores de um bom texto. Existe construção literária mais correta do que Ministro rola-bosta? − e não são fezes quaisquer, são aquelas fedorentas, oriundas do âmago dos pernósticos, da cólera dos exclusivistas e dos estúpidos seres, que sobrevivem à custa da exploração alheia, exercitando o doentio poder pelo poder. Compara-los ao escaravelho é ruim pra imagem do inseto, que rola a bosta por um bom propósito.
A
maioria dos nossos políticos e alguns ministros do STF são autênticos rola-bostas
deste país, besouros-humanos que rolam a merda das propinas, pra dentro de suas
salas/tocas. Uma espécie de vira-bosta foi importada da África, em 1989, para
minimizar as consequências de algumas pragas da pecuária, enquanto isso, os
nossos bosteiros-humanos incorporaram as propriedades de um verme segmentado,
conhecido por sanguessuga, aumentando a exploração ao próximo, disseminando a
praga da corrupção no Brasil, que num passado recente, sob a direção do PT,
chegou a 60 bilhões de reais por ano. Ou a massa é ignorante ou gosta de ser
enganada, por isso escolhe errado.
Que outra comparação seria
adequada a ministros que perdoam corrutos, que recebem milhões de reais por uma
sentença fraudulenta, que contrariam a constituição e se arvoram no poder de
investigar e julgar. Quem julga não pode investigar. Quem investiga é a polícia
e o Ministério Público. Aquele que julga é o que vai fazer o controle da
legalidade da investigação. É que vai identificar eventuais excessos, eventuais
abusos. Nesse caso, quem julga está sendo juiz si mesmo. Estão acima da lei
e quem protestar, o vai preso.
E
o que dizer de senadores que montaram um circo com o nome de CPI, para fazer
dele uma cortina para os próprios crimes, sabendo da pouca memória do povo e da
fraqueza de nossos tribunais, diante de uma propinazinha. São tantos delitos impunes…
haja fossa!!!
Aliás,
Brasília, há algum tempo, vem pavimentando ruas com merda, que respinga nos
corredores entre salas dos prédios oficiais, de tanta sujeira que rola. Até o
presidente aderiu à nova onda, deu-se ao cuidado de rolar, autoritariamente, a
bosta do centrão pra todo lado: Não foi pra isso que o elegemos. E
o comprometido STF fechou o lavajato da procuradoria, o que
restava de esperança, pela limpeza do Brasil. Se bem que de nada adianta os
procuradores tentarem limpar, se antecipadamente sabem que o STF vai novamente
sujar! Haja detergente! Haja peroba pra tanta cara de pau. Só
Deus poderá derrubar os deuses do STF.
Estamos
nos aproximando de nova polarização: o voto transcendente ou a atuação das
mangueiras verdes do exército, lavando a sujeira do país. Todavia, a praga é
resistente, difícil conseguir um candidato isento de sujeira, mas o povo nas
ruas, armado de boas intenções, poderá ser o guia das forças que obrigarão o
estudo por uma nova constituição, além da procura por novos elementos para
preencher as vagas tribunalícias e as do Congresso brasileiro. Sonho meu,
sonho meu!!! Vai buscar quem ainda não apareceu, sonho meu.
Mostra
tua cara, Brasil! Acorda! Nós
estamos sendo encaminhados para uma tremenda fossa, à esquerda ou à direita –
rola-bosta não tem ideologia, mas é mau caráter e semeia a intriga no meio
político, contaminando a população, com populismo e demagogia. Quem com
porcos se mistura farelos come, não é mesmo, General Heleno? Como ficará o
índice de confiança nas Forças Armadas, pós eleições? Vão tolerar o sapo
barbudo? Ou vão continuar ratificando o gogó autoritarista do Planalto? Tomara
que não, seria o fim do verde esperança. O poder emana do povo que luta.
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