Segunda-feira, 3 de janeiro de 2022 - 11h08
A vida e a morte sempre foram
personagens fundamentais no palco da existência. A vida humana durou milhões de anos para
surgir e continuou evoluindo, para vir-a-ser, mas o tempo do ser diverge do
tempo da vida, daí porque é difícil a massa humana superar a ignorância
profunda do passado. Desde que se descobriu Sapiens, com uma
inteligência diferenciada e progressiva, o ser humano começou a explorar suas
particularidades questionadoras. De onde vim?
Aos poucos, a morte foi
perdendo sua autoridade de mestre/cerimônia, na festa da vida, hoje já aceita
conversar com os cientistas, quando o assunto é a trajetória de cada ser. A
vida surgiu lenta e casual, foi a consequência da combinação e da evolução, há bilhões
de anos, de muitos fatos, substâncias e eventos biológicos, evoluindo
ininterruptamente e mais rápido, a partir da água. Para onde vou?
As inúmeras conquistas da
Ciência aumentaram, consideravelmente, a permanência do homem no planeta Terra.
Seria impossível determinar, num simples trabalho, a quantidade de descobertas
científicas, priorizando a melhoria das condições sanitárias, a forma de vencer
doenças terminais, prevenir e curar o ataque de vírus, corrigir defeitos de
origem, ajudar nas operações invasivas, para extirpar doenças, aumentando a
expectativa de vida, estendendo o futuro. A vida acaba?
Pare pra pensar, estude
quantos remédios surgiram nos últimos séculos, quantas vacinas, quanta gente
estuda diuturnamente pelo progresso da ciência e pelo avanço do tempo da vida.
Pense na vida antes e depois da Penicilina, antes e depois de uma vacina temporal,
antes e depois de um antibiótico, de um anti-inflamatório, de um analgésico. Todas
as formas de vida, animal ou vegetal, têm início e fim, a transcendência fica
por conta do imaginativo e vaidoso cérebro humano. Haverá um tempo em que a
palavra fim terá outro significado.
Muitos ficaram e ficarão no
caminho, como mártires do conhecimento, tem sido assim desde o começo de
tudo! O ser humano é insaciável em todos os campos do saber e continuará sua
marcha persistente pelo aumento do tempo existencial, ainda que muitos insistam
em negar, em duvidar da capacidade de quem escolheu
a nobre missão de protagonista da Ciência, exacerbando o sentimento doentio da
inveja – para os orientais, a maior doença do Ocidente.
O negacionismo e os movimentos
antivacinas não são novidades. O filósofo Giordano Bruno foi condenado à morte
por defender a existência de vida extraterrestre. Galileu Galilei foi
processado pela Inquisição e precisou negar sua teoria heliocentrista, para não
morrer na fogueira dos que defendiam a Terra como centro de tudo, conforme a
Bíblia. O holocausto já foi veementemente negado por muita gente. Os
terraplanistas, crentes que a Terra é plana, distorcem a ciência com argumentos
injustificáveis e improváveis. E ainda há os ignorantes da atualidade,
capitaneados por um deputado federal, que usa a política para afirmar
publicamente, nas redes sociais, em movimentos antivacinas: − “Enfiem suas máscaras
no rabo”. No teu!!!
Mark Twain dizia: “O que nos
causa problemas não é aquilo que não sabemos, mas aquilo que temos certeza de
que seja verdade”, confirmando que a certeza,
desvinculada de fatos concretos, é mais prejudicial do que a dúvida.
Recentemente o Dr. Robert Malone, maldosamente ou não, talvez movido por inveja
e querendo confundir a opinião pública, gravou um vídeo, condenando o uso da
vacina genética anti-Covid19, com base no RNA mensageiro, se dizendo um dos
inventores desta nova modalidade de vacina. Realmente ele contribuiu, mas esta
não é uma criança de um pai só, o estudo de muitos cientistas abreviou as conclusões
e está surtindo um efeito espetacular, em todos as pessoas que acreditaram na
vacina da Pfizer, da Moderna e da BioNTech.
O papel do
Dr. Robert Malone, segundo William Neto, estudioso da matéria, foi,
basicamente, descobrir que o RNA, protegido por uma camada de gordura, podia
ser transportado melhor, mas ele não concluiu os estudos, que, devido à
urgência dos acontecimentos, foram completados por outros cientistas. A referida
vacina ensina o corpo a produzir anticorpos e, depois, o próprio
corpo destrói o RNA mensageiro da vacina, impedindo modificações genéticas.
Segundo meu neto, a conduta do Dr. Malone, apesar de desprezível, é comum, no
meio científico, chama-se "Doença do Nobel": quando um
indivíduo brilhante defende teses malucas, como por exemplo a tese do químico Linus
Carl Pauling (1901-1994), vencedor duas vezes do prêmio Nobel (1954-1962), de que
a vitamina C curava o câncer − ironicamente, morreu de câncer.
O insucesso de alguns não desautoriza
o progresso de outros, não devemos desconfiar dos propósitos da Ciência, ainda
que às vezes ela se apresente corrompida pelo capitalismo, pelo socialismo ou
pelo autoritarismo. Se estudarmos o progresso da Medicina, no que se tem
registro da caminhada do homem, no campo da cura, perceberemos quantos degraus
subimos, ignorando propositadamente o significado do termo incurável!
Ainda que o medo nos faça
refém do sobrenatural, ainda que a saudade nos faça refém do amor, passo a
passo, a evolução cerebral chegará à materialidade científica definitiva,
unificando sentimento e razão, seguida da imortalidade, via algoritmos da
inteligência artificial. O novo enciclopedismo iluminista será,
então, a catalogação, “nas nuvens”, de todo e qualquer conhecimento produzido
pelo ser humano, capaz até mesmo de iluminar o futuro esfriamento
do Sol. Nem a morte do astro rei, daqui a bilhões de anos, significará o fim da
inteligência humana, estaremos presentes nesta e em outras galáxias: Se Deus
quiser!!!
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