Terça-feira, 23 de julho de 2019 - 08h39
Demorei muito a tomar um posicionamento diante dessa doença
ideológica chamada Teologia da Libertação. E já adianto que não vou me deter em
considerações teológicas ou filosóficas, por uma razão bem simples: o mal não
merece consideração. Basta-nos reconhecer que pelos frutos se conhece a árvore.
Alguns fatos que presenciei recentemente – até alguns ritos
de que, por conformação social, participei – foram suficientes para que eu
tomasse a decisão de exercer o múnus da profissão que tenho e vir a público manifestar
meu pensamento, não se entendendo aqui o pensamento como algo incidental, mas
como o conjunto de percepções, cognições e convicções que nos torna diferentes
dos outros seres que Deus usou para povoar este planeta.
Tratando de um tema inerente à Igreja Católica, é natural
que eu me dirija, prioritariamente, aos meus irmãos de fé, não descartando,
porém, a possibilidade de que o presente texto seja do interesse de outros
cristãos, ou mesmo de pessoas que não professam a fé em Cristo, mas têm interesse
sobre o tema, tamanha a repercussão extramuros que a tal Teologia da Libertação
vem seguidamente alcançando há anos, desde o voto de silêncio imposto por São
João Paulo II ao então ainda frei Leonardo Boff, nome religioso de Genézio Darci Boff.
Não
vou fazer propaganda dos absurdos que vi, para não correr o risco de que tal
narrativa desperte a curiosidade de algum irmão, levando-o a aproximar-se de
tais práticas. O propósito deste texto tampouco é descrever a etiologia desse
câncer ideológico, mas, em verdade, tratar de sua extirpação antes da
metástase. Há um vício de raciocínio que se instala nas mentes das pessoas
contaminadas, levando-as à proliferação descontrolada de pressupostos
paralógicos que vão infectando todas as suas cognições; e, num grau mais
avançado da doença, até mesmo as suas percepções, levando ao registro distorcido
no cérebro das reais imagens captadas pelos olhos.
Pois
bem, há uma indagação que nos brota na alma: o que fazer? É próprio do cristão
saber discernir o que é paz e o que é acomodação. A paz se alcança com o
triunfo da verdade, já a acomodação nasce de uma mentira, a de que está tudo
bem e não há nenhum perigo. Recusar-se a enxergar o que Deus já nos fez ver é,
para nós católicos, pecar contra o Espírito Santo; é tomar, pois, o caminho da
perdição da alma.
Somos
hoje nós, fieis católicos (fieis ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo) chamados
a não deixar Jesus sozinho, especialmente durante as missas, em que
infelizmente têm sido frequentes os abusos antilitúrgicos, as homilias
intermináveis e mais uma série de comportamentos que bem podem ser corrigidos,
basta que se tenha um pároco com boa formação e que não abra mão de sua função
magisterial. Já no que se refere aos vícios ideológicos, a situação é mais
grave, é algo interno, que não se percebe durante a missa, mas que acompanha o
irmão acometido pela doença em toda a sua vida, familiar, profissional, social.
O
que devemos fazer? Primeiramente, reclamar, se possível na hora, para que nosso
silêncio não ecoe como eloquente discurso de aceitação. Reclamemos ao padre,
reclame ao bispo, reclame ao núncio, se necessário. Mas não nos calemos diante
de homilias viciadas ideologicamente, diante de textos de catequese ideológica
incrustados nos folhetos dominicais, diante de mentiras acerca de suposta
renúncia da Igreja a suas tradições, como a de que “a missa em latim foi
abolida”, dentre muitas outras.
Em
segundo lugar, uma vez pacificada a alma por não ter sido tolerante com o
intolerável, dedicar sincera e firme oração. Não uma oração como fuga ao
enfrentamento do problema, mas uma oração efetivamente cristã, pedindo ao Pai,
no nome de Jesus, que trate dos feridos nessa batalha da fé contra os vícios
ideológicos. E aí é preciso enxergar que as pessoas acometidas por tais vícios
são doentes. Não podemos cair no engano de achar que elas são más. Elas são
filhas de Deus assim como nós. E devem ter a oportunidade de trilhar o caminho
do arrependimento frutuoso e a salvação de suas almas.
Quem
proclama a verdade, antes da rejeição a suas palavras, enfrenta a solidão. Mas,
com perseverança, encontra quem esteja também disposto a proclamá-la. A maior
revolução na Igreja Católica foi feita por um homem que não era padre. Seu
nome: Francisco. Invocando seu exemplo de vida cristã e também a memória de
Santo Atanásio, que enfrentou sozinho as heresias que dominavam a Igreja no seu
tempo, disponhamo-nos à faxina, para que o santuário seja verdadeiramente digno
da presença viva de Nosso Senhor Jesus Cristo. E não O deixemos sozinho!
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