Quarta-feira, 8 de janeiro de 2025 - 12h27
Os postos
de saúde dos municípios carregam árdua carga de responsabilidades, mas também
são os locais que acumulam os maiores desafios para os gestores públicos da
saúde. Por serem eventos que acontecem internamente, muitos destes conflitos
são abafados ou escondidos da secretaria de saúde. E se o problema explode
numa escala de grande repercussão que autoridade tem estes servidores em querer
se posicionar como se fosse a própria gestão?
Dessa
forma, identificamos algumas unidades de desafios que fazem estes gestores terem
que revisar, alterar ou aplicar horas em novos planejamentos. No entanto, entre
o que é planejado no papel e o que se oferta na prática pelos servidores nestes
postos pode existir um grande abismo em termos de diferença, rendendo dores de
cabeça para toda a secretaria municipal de saúde. E quando alguns conflitos
gerenciáveis chegam em forma de grandes anomalias, quais são as melhores
respostas para contenção de crises?
Assim
destacamos: o desafio na comunicação interna – Gerenciar o fluxo entre a
gestão e os servidores, entre os servidores e a gestão e entre os
próprios servidores, ou seja, em três ângulos distintos. A condução harmônica
e equilibrada dessa comunicação entre os envolvidos terá como consequência
resultados favoráveis para o fortalecimento de uma cultura organizacional.
Seguindo
esta orientação favorecerá também o clima organizacional, a partir daí, os
conflitos que eram frequentes, serão minimizados ou desaparecerão. Quais são
as principais queixas ou reclamações que vem das USF’s, UBS’s e UPA? Você
tem um plano de ação ou intervenção para a condução e conflitos?
A
comunicação interna deve ser planejada de forma clara, objetiva e direcionada
para cada público de profissionais que atua no posto de saúde. Quais são os
veículos de comunicação mais utilizados na comunicação interna da sua gestão?
E-mail corporativo, grupo de whatsapp, mural, intranet, rede social
corporativa, reuniões ou eventos, manual do colaborador, entre outros. Mas, qual
entre eles é o mais adequado ao perfil de servidores que operam nos postos
municipais de saúde?
De que
adianta ter tantos veículos instalados e não ter a cultura do acesso ou
utilização?
Neste caso, é extremamente necessário promover e implementar o programa de
treinamento constituído por exercícios práticos associados a dinâmicas de grupo
específicas no sentido gerar o reposicionamento da comunicação interna. Você
sabe realmente o que fazer para alcançar este reposicionamento?
Toda
gestão pública tem por zelo a preservação da imagem e reputação do mandato.
Quais é o objetivo de valor defendido pela gestão em saúde? Quais são as
estratégias de sustentação elaboradas para a manutenção da imagem desejada?
Dessa
forma, destacamos o segundo ponto de origem de conflitos para gestores em saúde
– Os desafios em procedimentos técnicos nos postos – Refere-se à necessidade
de implantar o POP procedimento operacional padrão, um documento que apresenta
o passo-a-passo ou as etapas do processo referente as atividades operacionais
técnicas. Ele permite que o profissional execute os procedimentos que requerem
técnica em conformidade com o modelo padrão. O POP exclui a realização de
improvisos com a vida humana. Sendo assim, atente-se para alguns alertas
críticos:
- A
manipulação dos pacientes sem os equipamentos de proteção individual com a
ausência de luvas, máscaras e ainda, profissionais que esquecem o garrote nos
braços ou mãos dos pacientes;
- O
cuidado com as trocas de plantões, onde em alguns casos acontecem a reincidência
de troca de prontuários, ou ainda, o paciente repetir procedimentos
desnecessariamente, porque o técnico do plantão subsequente, não havia sido devidamente
informado;
- Atenção
especial aos pacientes que passam a frequentar com muita intensidade certa
unidade de saúde. Após pesquisas, em algumas localidades foram identificadas
diversas ações inadequadas por parte dos servidores. Em outras palavras muitos
deles com práticas questionáveis, o chamado jeitinho brasileiro durante muitos atendimentos.
Quais eram? A facilitação de acesso às consultas médicas realizando encaixes indevidos
nas agendas dos médicos de forma irresponsável;
-
Técnicos que aplicam injeção sem a devida prescrição médica, pelo simples fato
de serem amigos e familiares;
- O uso
indevido de veículos públicos para o lazer nos finais de semana e feriados;
- Utilizar o horário do expediente com intervalos inexistentes para outras rotinas particulares; Entre outros.
Finalmente, é pensado a saúde por estes ângulos? O presente texto não é para ensinar o técnico fazer o seu trabalho ou querer com isso, manifestar a escrita da verdade, mas apresentar reflexões justas para muitas das rotinas desafiadores nas mesas dos gestores municipais em saúde. Vamos refletir:
- Como
está a gestão municipal para tais enfrentamentos?
- Existem
planos de contenção para tamanha falta de compromisso profissional na esfera
pública?
- Quais
são as ações esperadas pala gestão municipal face a tais problemáticas?
- Como
devem conduzir estas ações para assegurar o pleno funcionamento do termo de
ajustamento de conduta?
*
Uemerson Florêncio – Empreendedor. Palestrante, Pesquisador,
Escritor, Correspondente Internacional e Treinador em análise da linguagem
corporal, gestão da imagem, reputação e crises.
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