Quinta-feira, 27 de março de 2025 - 15h06
Quando uma
mudança deixa de ser uma opção e vira uma necessidade? Há alguns anos, pegar
carona com um desconhecido era algo impensável. Hoje, os aplicativos de
mobilidade são parte do nosso dia a dia. Pagar contas pelo celular? Nem passava
pela nossa cabeça, mas agora fazemos tudo pelos bancos digitais. Com o setor
imobiliário não seria diferente. A forma como encaramos os espaços de trabalho
está passando por essa mudança, que não é apenas uma tendência, e sim uma
evolução.
No entanto,
ainda há resistência. Muitas pessoas veem os escritórios flexíveis com
desconfiança, por acharem que falta privacidade ou que não oferecem a mesma
estrutura de um escritório tradicional. Esses receios são baseados em ideias
que já não fazem mais sentido, e precisamos entender de onde eles vêm. Para
muitos, a imagem de um escritório flexível está associada a espaços
superlotados, mesas compartilhadas com pessoas estranhas e uma sensação de
“improviso”. A identidade corporativa também é uma questão, por acreditarem que
um escritório flexível não é capaz de refletir a marca ou a cultura da
companhia.
Mas,
atualmente, esses espaços são mais do que simplesmente “compartilhados”. Eles
são inteligentes, adaptáveis e, acima de tudo, personalizáveis. O modelo atual
entrega escritórios como serviço, integrando infraestrutura, gestão, operação e
tecnologia em uma única solução. Não é apenas sobre ter um espaço bonito e
confortável — trata-se de eficiência e estratégia. As empresas não precisam
mais lidar com diferentes fornecedores para manutenção, mobiliário ou serviços
básicos, por exemplo. Tudo já vem plugado de forma estratégica e eficiente,
como acontece com soluções em nuvem, semelhante ao que a AWS faz no mundo da
tecnologia: você acessa um ecossistema completo, sem investir em CAPEX e sem a
dor de cabeça de gerenciar uma cadeia complexa e múltiplos fornecedores.
Além disso,
a flexibilidade possibilita desde contratos mais adaptáveis até espaços que
podem ser expandidos ou reduzidos conforme a necessidade do negócio, o que já é
uma tendência global, acompanhando um mercado que demanda agilidade. Assim como
a inteligência de dados, que também faz parte desse pacote. Com acesso a
informações detalhadas sobre a utilização dos espaços, localização e
necessidades dos colaboradores, fica muito mais fácil tomar decisões
assertivas.
Tanto é que
uma das principais marcas de cosméticos do Brasil apostou nesse modelo. Eles
precisavam de um espaço que facilitasse a integração e a comodidade de seus
colaboradores e encontraram um localizado em um ponto estratégico no coração de
São Paulo, projetado para traduzir os valores e o branding da empresa,
atendendo às demandas de um ambiente moderno, integrado e acessível para
funcionários e parceiros. E muitas outras, de diversos segmentos, também investiram
no modelo.
A verdade é
que os escritórios flexíveis têm se estabelecido como um pilar do futuro do
trabalho, alinhando flexibilidade, sustentabilidade e inovação. Para se ter uma
ideia, de acordo com o Relatório Global do Mercado de Coworking 2025, o tamanho
deste mercado deve atingir US$13,03 bilhões ainda neste ano, com uma taxa de
crescimento anual composta (CAGR) de 18,4%.
O relatório
destaca diferenças significativas entre regiões. A Ásia-Pacífico é líder em
participação de mercado devido ao crescimento acelerado de startups e à alta
densidade populacional em países como China e Índia. A América do Norte teve
uma adoção rápida do trabalho híbrido, com corporações buscando flexibilidade
em seus escritórios. A América Latina ainda é um mercado em consolidação, mas
com oportunidades de expansão em grandes cidades.
No fim, o
que entendemos é que toda mudança enfrenta ceticismo no começo. Mas, assim como
aconteceu com os aplicativos de transporte e os bancos digitais, essa
resistência tende a desaparecer à medida que as pessoas experimentam os
benefícios na prática.
Se eu pudesse dar uma única dica seria: experimente. Visite um escritório flexível, converse com empresas que já adotaram o modelo e veja como ele pode se encaixar na realidade do seu negócio, porque o escritório do futuro já está aqui — mais eficiente, mais inteligente e pronto para crescer com você.
Roberta Vasconcelos é co-fundadora e CEO da Woba, maior rede de
escritórios flexíveis por assinatura da América Latina. Foi aluna do Global Shaper
(iniciativa do Fórum Econômico Mundial de jovens líderes) e do YLAI (Young
Leaders of the Americas Initiative). Vencedora da categoria Jovem Liderança, da
premiação “Executivo de Valor”, do Valor Econômico, em 2024, eleita “30 under
30” pela Forbes Brasil em 2015 e finalista do CLAUDIA Awards 2014 (maior
premiação feminina da América Latina),
tem 10 anos de experiência em vendas e marketing. Atua no mercado de
tecnologia desde 2009, com experiência anterior como CEO/Cofundador da
TYSDO-Things You Should Do, atuando em renomadas startups brasileiras e como
membro ativo de comunidades locais (SanPedroValley).
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