Quinta-feira, 23 de janeiro de 2020 - 16h25
Manhã de quarta-feira,
22 de janeiro. Após minha reflexão matinal sobre o Salmo 15, acessei o
whatsapp, na página do ativista politico Carlos Caldeira, e lá estava: “PF na
ALE”. Surpresa? Nenhuma! Afinal, não é de hoje que a Assembleia Legislativa de
Rondônia é alvo de operações desencadeadas pelo Ministério Público do Estado de
Rondônia, com a participação da competente Policia Civil. Tantas já foram as
operações, que chega a ser até difícil guardar o nome de todas elas na memória.
Recorri ao Tudo
Rondônia para me inteirar a respeito do assunto. A matéria, produzida pela
assessoria de comunicação do MPRO, falava apenas de um deputado envolvido em um
esquema de ressarcimento indevido de gastos com saúde, sem, contudo, citar o
nome do parlamentar. Fui para o Rondoniaovivo, e não descobrir a identificação
do politico. Voltei ao Tudo Rondônia. Dessa vez, lá estavam escancarados não
somente o nome como também a foto do deputado Marcelo Cruz, como pivô da
operação intitulada “Dissimulação”, cuja expressão, de tão óbvia, nem precisa
dizer o significado.
Fui tomado por um
misto de surpresa e decepção. Logo o Marcelo Cruz. Por quê? Ele sempre me
pareceu um politico correto, um cristão temente a Deus e uma pessoa cordata. Eu
o conheci quando de sua passagem pela Câmara Municipal de Porto Velho. Ele foi
presidente de uma das Comissões mais importantes da Casa, qual seja a Comissão
de Constituição, Justiça e Redação. Como orador, Cruz tinha um discurso
equilibrado, conciso, mas preciso, longe dos frequentes arroubos demagógicos,
tão ao gosto de políticos vendilhões.
Certa vez, ele me
disse que disputaria uma das vinte e quatro cadeiras da ALE/RO. Incentivei-o a levar adiante seu projeto
politico, acrescentando que ele teria chances reais de vitória, considerando a
popularidade de que desfruta no meio evangélico, como de fato aconteceu. Não
participei de sua campanha, tampouco votei nele. Já disse (e repito) que não
participo de campanhas eleitorais, nem tenho compromisso politico com ninguém.
Divulgado os resultados das urnas, eu o parabenizei pelo êxito logrado em sua
empreitada, acreditando que, uma vez na Assembleia Legislativa, ele dedicaria
integralmente seu mandato à defesa dos legítimos interesses da população,
especialmente dos segmentos mais injustiçados. Errei?
E agora, excelência? Não
sou juiz. Só há um. Deus, o justo. Não me cabe julgá-lo. Essa tarefa compete
somente ao Todo Poderoso. Prefiro esperar o desenrolar dos acontecimentos,
pois, como já disse alguém, o tempo é o senhor da razão, mas não posso esconder
a minha decepção. O placar do jogo está de goleada para o Ministério Público de
Rondônia, que não tem o péssimo hábito da tergiversação, muitos menos costuma
atirar a esmo. Nada passa incólume à análise criteriosa de profissionais da mais
alta competência. Eles estudam, analisam, pesquisam, reúnem informações, à
miúde, sobre os assuntos objetos das investigações, antes de qualquer decisão.
Comparo o MPRO a um animal de garras afiadíssimas que, quando não mata sua
presa na primeira investida, deixa-a mutilada para o resto da vida. Espero que
o senhor consiga provar sua inocência. Caso contrário, restar-lhe-á o caminho
doloroso rumo ao ostracismo.
Em recente pronunciamento, na véspera da reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em 10/12/2024, onde se decidiria pela conclusão,
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