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Libido masculina pode mudar ao longo da vida

Queda do desejo sexual afeta 30% da população masculina no país, segundo a OMS.


Foto: syda_productions/Freepik - Gente de Opinião
Foto: syda_productions/Freepik

A libido masculina começa a diminuir, em média, aos 35 anos, segundo estudo publicado no Journal of Sexual Medicine. Os sintomas incluem a redução do interesse e da frequência de relações sexuais. Os principais responsáveis pelo quadro são baixos níveis de testosterona e fatores psicológicos, como destaca a pesquisa.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que a condição afeta 15 milhões de homens no Brasil, o que equivale a 30% da população masculina. Quando os sintomas se intensificam, a queda da libido pode resultar em outros problemas, como a disfunção erétil, que impede o homem de manter ou obter uma ereção para a atividade sexual. Ela pode ser tratada com auxílio médico e a adoção de hábitos simples.

A atividade física é um deles, pois melhora a circulação sanguínea, elevando o fluxo nos órgãos genitais, conforme informações do Ministério da Saúde. A alimentação também pode melhorar a libido. Um nutricionista pode orientar sobre a maca peruana e seus benefícios relacionados ao estímulo da fertilidade e criar uma dieta que inclua melancia, abacate e morango, frutas que podem aumentar o desejo sexual.

Transição da libido da juventude para a terceira idade

Aos 20 anos, os hormônios estão elevados, sobretudo a testosterona, responsável pela excitação, o que pode resultar em um desejo sexual mais intenso. Nessa fase, há mais ansiedade e, por isso, muitos iniciam a vida sexual. O período entre ereções é menor, o que torna mais comum a ejaculação precoce.  

Mesmo com a alta taxa de libido, a inexperiência pode afetar os homens. Estudo publicado no ScienceDirect mostra que cerca de 30% dos jovens têm algum grau de disfunção erétil, o que pode ser consequência de questões emocionais, como a ansiedade, ou outras doenças.

Na transição para os 30 e 40 anos, os níveis de testosterona podem diminuir, de acordo com cada pessoa. A queda é de cerca de 1% ao ano, mas pode ser mais rápido para alguns. O período de latência aumenta, o que também pode afetar a libido. Em relação aos fatores externos, o estresse pode potencializar a queda do desejo sexual.

Após os 50 anos, é comum o maior declínio hormonal, responsável pela diminuição da libido e da ereção imediata. Os níveis de desejo podem demandar mais estímulos, mas não significa que a vida sexual deve acabar. As ereções podem ser menos frequentes, mas há  tratamentos médicos que ajudam a manter o desejo elevado.

Tratamento envolve terapia sexual e técnicas farmacológicas

A mudança dos níveis de libido pode estar relacionada a diferentes fatores. Além de questões psicológicas e alterações hormonais, o problema pode estar atrelado ao consumo excessivo de álcool e cigarro, segundo pesquisas publicadas na Revista Australiana de Clínica Geral (RACGP).

Os pesquisadores explicam que a função sexual masculina é um processo complexo, mas importante. Ela promove o bem-estar físico, mental e emocional e funciona como um marcador para a saúde. Entender a queda da libido como algo normal é fundamental para buscar tratamentos.

Quando o problema está relacionado a fatores emocionais, o aconselhamento de um terapeuta sexual é considerado uma das possibilidades. O tratamento pode ser feito com ou sem a presença do parceiro, e o profissional irá ajudar a reduzir os sintomas psicológicos que afetam o desejo sexual.

Já quando a queda da libido está atrelada a fatores biológicos, como a diminuição da testosterona, as técnicas farmacológicas são abordagens mais comuns. Os fármacos podem ser prescritos pelo médico andrologista.

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