Quarta-feira, 26 de março de 2025 - 07h55
Ser um líder é estar em uma posição de destaque, mas também
de responsabilidade. Muita gente busca a liderança pelo status e pela
autonomia, mas nem todos compreendem o verdadeiro desafio: desenvolver novos
líderes e mobilizar pessoas. É aqui que surge um dilema. Como formar sucessores
sem sentir que está, aos poucos, abrindo espaço para ser substituído?
A resposta é simples, mas nem sempre fácil de aceitar:
formar sucessores é sim viver com o risco de ser superado e substituído, mas
também o único caminho para continuar crescendo. Quem teme ser superado não é
um líder de verdade. No final das contas, é apenas um gestor preocupado com a
própria relevância e que pensa pouco na organização no longo prazo. O líder de
verdade sabe que sua importância não está em manter a posição a qualquer custo,
mas garantir que o crescimento da empresa e da equipe continue, talvez sem ele,
e estar preparado para novos desafios.
Vamos encarar a realidade: todos somos substituíveis. E
isso não significa que nosso trabalho seja irrelevante, mas sim que o mundo
corporativo necessitar estar em constante evolução. Se um líder teme a própria
substituição, ele acaba sabotando o crescimento da equipe e da empresa, mas
principalmente o seu próprio.
O verdadeiro líder é aquele que forma pessoas e tem
capacidade de construir um legado. Quando ele sai, a empresa não entra em
colapso, porque ele preparou outras pessoas para assumir seu lugar. O próprio
mercado valoriza muito mais os que têm a capacidade de desenvolver equipes e
talentos do que aqueles que tentam a auto preservação pelo caminho da
dependência na sua figura.
Na verdade, a insegurança de perder espaço para um sucessor
pode ser trabalhada. Ela passa por mudar a mentalidade de "preservação no
cargo" para uma visão mais ampla: o desejo de assumir novos desafios e por
isto formar novos líderes, garantindo a continuidade e o sucesso do trabalho
que você construiu. Um legado em realizações, cultura de liderança e
desenvolvimento humano.
Um estudo publicado pela Harvard Business Review mostrou
que líderes que investem no desenvolvimento de suas equipes aumentam a retenção
de talentos em até 50%, reduzindo custos com recrutamento e treinamento de
novos funcionários, mas principalmente garantindo a coesão cultural e o
alinhamento. Ou seja, ao criar um
ambiente onde os profissionais enxergam possibilidades reais de crescimento
gera engajamento, mobilização e estimula a criatividade e inovação.
Isso não apenas fortalece a cultura organizacional, mas
também gera melhores resultados econômicos. Uma empresa que não precisa
substituir funcionários o tempo todo ganha em eficiência, produtividade e
engajamento.
Se ainda restam dúvidas sobre a importância de formar
sucessores, basta olhar alguns dos maiores nomes da liderança empresarial. Olhe
a sua volta. Facilmente você distinguirá líderes que buscam novos desafios e
para isto formam novos líderes continuamente. Ou líderes que personificaram
tanto a sua posição, que mesmo com grandes realizações, ao se afastarem,
deixaram lacunas as vezes irreparáveis e até grandes danos.
Esses exemplos mostram que o verdadeiro líder não tem medo
de formar sucessores. Pelo contrário, ele entende que seu sucesso está
diretamente ligado à capacidade de inspirar e preparar outros para continuar
seu caminho.
E também mostra que é responsabilidade das empresas montar
programas consistentes de sucessão, evitando a personificação de posições
críticas e de alto impacto.
No fim das contas, a questão é simples: você quer ser
lembrado como alguém que segurou talentos por medo ou como quem criou uma
geração de novos líderes?
A escolha é sua.
*João Roncati é diretor da People + Strategy, consultoria
de estratégia, planejamento e desenvolvimento humano. Mais informações em site
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