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O bullying prossegue fazendo vítimas fatais nas escolas


O bullying prossegue fazendo vítimas fatais nas escolas - Gente de Opinião

O bullying é uma agressão direcionada para uma vítima que demonstra algum tipo de vulnerabilidade – é uma ação criminosa não importa a realidade onde aconteça e deve ser conduzida com muita seriedade e responsabilidade, não importa quais privilégios os envolvidos desfrutem. Não importa se é filho da direção ou de professores, se são filhos de empresários ou políticos, se tem ou não riqueza, se é membro de alguma família tradicional da cidade.

 

Você já praticou algum tipo de bullying e talvez não se reconheça e o mais sutil é a prática das gargalhadas quando viu uma vítima exposta. Isso lhe conforta ou lhe preocupa? Você gostaria de estar no lugar de dor em que ela se encontra? Você sabe a dor que a perseguição causa no ambiente escolar e ainda deve ter memória traumática por conta de ocorrências infelizes entre colegas, não é verdade?

 

Como podemos identificar os mecanismos do bullying?

 

- Agressões físicas: Chutes, empurrões, socos, beliscões, tapas e brincadeiras que machucam. Sempre a integridade física do ser humano for afetada uma ação intervenção deve ser imediatamente realizada. Não existe a expressão “estamos brincando com ele(a)”, esta brincadeira vai evoluir e poderá trazer sério transtornos para o ambiente escolar.

 

- Agressões verbais: Apelidos, xingamentos, insultos, ameaças, intimidação e falar mal sem motivos. O ambiente escolar deve ser um espaço altamente monitorado, devendo ter em pauta o bullying numa escala de tolerância limitada ou próximo de zero, pois as consequências chegam pegam todos de surpresa. Em outras palavras quando uma ação delituosa, um crime hediondo ocorre muitas vidas podem ser vitimadas e novamente, “era uma brincadeira.” A vítima pode desenvolver estresse, rejeição ao ambiente escolar, perder a motivação pelos estudos.

 

Existem muitos ambientes escolares cheios de profissionais do comportamento repletos de títulos e reconhecimentos questionáveis, contudo, existem várias ocorrências acontecendo embaixo do nariz desses profissionais que só atendem os alunos que os pais solicitam – é preciso agir nos bastidores com diversas abordagens para rastrear e salvar vidas que podem já está com os dias contatos. Você acredita que a vítima vai buscar a coordenação, direção ou estes profissionais comportamentais? NÃO. Eles não têm forças para ir até eles, pois precisam se sentir seguros, precisam ter garantia de proteção.

 

- Agressões morais: Difamações, calúnias e disseminação de rumores. Essas são condutas perigosas e ardilosas que ocorrem nas entrelinhas e as vezes, por meio de uma rede de fofocas nas quais a vítima vem todos olhando para ela e não sabe de onde vem a falsa notícia. A vítima pode desenvolver alguns transtornos que afetarão toda a sua vida alcançando níveis irreversíveis para reversão.

 

- Agressões psicológicas: Exclusão, perseguição, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, manipular e chantagear. Essas torturas psicológicas desenvolvem doenças emocionais que dificultam até mesmo, o trabalho da psicoterapia dos melhores profissionais da área. Os alunos que praticam bullying são bem frios e calculistas – aguardam com muita precisão a hora do ataque – eles se utilizam de diversos jogos mentais para tornar a vítima encurralada e refém das suas estratégias sombrias. Quem não viveu ou soube de colegas que repentinamente deixou de ir à escola por conta de bullying?

 

Afinal, você não sabe de quais ambientes essas vítimas são originárias – será que vieram de relações tóxicas na família, entre amigos e perante vizinhança onde mora? Ninguém sabe, logo, não se sabe quando o limite pode chegar em termos de uma ação explosiva ou implosiva – quando a pessoa explode dentro de si mesma, rumo a auto destruição por meio do suicídio. Todos carregarão o peso da morte desta vítima!

 

* Uemerson Florêncio – Escritor, correspondente internacional, palestrante e treinador em análise da linguagem corporal, gestão da imagem, reputação e crises.

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