Segunda-feira, 23 de dezembro de 2019 - 10h52
Queixava-se,
em São Paulo, senhora idosa: que os motoristas, de ônibus (autocarros),
quando viam no ponto (paragem), idosos, não paravam.
Nos
nossos dias, o velho, é considerado, por muitos: um improdutivo, um parasita:
que não merece consideração nem respeito.
Sempre
que viajo de autocarro, reparo, que os passageiros, raras vezes cedem os
lugares, a idosos e grávidas.
Lembro-me
– como me lembro! - que vindo do liceu Alexandre Herculano - após atravessar,
em diagonal, o aprazível jardim de S. Lázaro, - para esperar o eléctrico,
numero 13, na Rua Duque de Loulé, diante do
edifício onde funcionou o Centro Artístico Portuense, ter presenciado a
seguinte cena:
O
veículo inundara-se de alunos dos dois liceus: o “Alexandre “ e o “Rainha”.
No
momento da partida, velhinha, vestida de preto, aproximou-se, e a custo,
amparada por bengala toda negra, entrou.
Vendo
que o eléctrico estava repleto, ficou na plataforma, junto ao guarda-freio, com
visível dificuldade.
Então,
o Dr. Balacó, professor do “ Alexandre”, batendo sonoras palmas, disse, em alta
e bom-tom:
-
“ Não há aqui aluno, do liceu, que dê, o lugar a senhora idosa?!…”
Todos
se ergueram; envergonhados pela falta de educação.
Passou-se
essa cena, nos anos cinquenta, quando ainda havia respeito pelo professorado, e
vergonha na cara.
Se
o caso ocorresse, agora, o docente sereia vaiado, e quiçá, ridicularizado; se
não fosse “ praxado”, como aconteceu a professor, em Guimarães, ao reprovar a
prática se “doutores”, que praxavam caloiros.
A
ausência de educação, é notória em todos os meios, até nas classes, que
tradicionalmente primavam pela delicadeza do trato e pelo modo de se
exprimirem.
A
sociedade, nesse campo, igualou-se pela ralé. Há “doutores”, cujas maneiras
mais parecem “saleiros”, do tempo da juventude de meu pai, do que classe que se
julga, muitas vezes, superior…
E
pena é que seja assim. É pena, porque as palavrinhas que lubrificam as relações
inter-pessoais, como: “ Obrigado”;” Não tem de quê”;” Com prazer”;” Por
favor”;”Por cortesia”, servem para olear, suavizando o convívio com o nosso
semelhante.
Mas
a juventude, como não foi educada – porque os pais não querem ou receiam
traumatizá-los, – desconhece, por completo, as mais simples regras de
civilidade e etiqueta.
Dizem
– uns poucos, – que educar, compete à escola; como se a escola fosse
vocacionada para inculcar normas de condutas e comportamentos morais! …
A
escola pública, deve limitar-se a ensinar, já que, quando ultrapassa essa
missão, costuma descambar, em ideologias políticas e criticas, mais ou menos
veladas, à moral cristã.
É
no seio da família, desde tenra idade, que se criam hábitos, condutas e
conceitos morais, que moldam a personalidade e o carácter, para a vida toda.
E
quem não teve a felicidade de aprender, no “berço”, como se costuma dizer,
tenha, pelo menos o bom senso, de adquirir, o imprescindível livrinho, que
ensina a ser educado.
Há
muitos…e para todos os preços…
Quem nunca viveu algum tipo de desconforto na mesa de um restaurante? Sabemos que existem profissionais que operam na linha de frente do atendimento
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