Quarta-feira, 15 de junho de 2016 - 17h55
Por Profº Pedro Nazareno
Senhor Editor,
No próximo dia 22 de Junho, quarta Feira, ficará marcado na história de Porto Velho, única cidade de Rondônia a receber um dos mais sublimes símbolos olímpicos: a tocha do olímpico, uma tradição que reporta à Grécia Antiga. O ritual da tocha foi criado para estabelecer um elo entre os jogos da antiguidade e os jogos contemporâneos. A pira olímpica simboliza a pureza da eterna juventude olímpica e serve de ligação entre o berço das olímpiadas na Grécia e as cidades sedes, dos jogos contemporâneo.
Evento nacional e internacional e de grande importância para se ver Rondônia na mídia nacional positivamente, é momento único. Carregar a tocha olímpica é sinônimo de orgulho para os atletas e outras personalidades de 300 cidades Brasileiras. Dia 05 de agosto a pira será acesa na cerimônia de abertura dos jogos olímpicos no Rio de Janeiro. Não apenas atletas, autoridades e celebridades, qualquer pessoa que tenha feito a inscrição e se candidatou a conduzi-la.
Nada contra as 160 pessoas que vão protagonizar a emoção de carregar a referida tocha por apenas 200 metros que vão se eternizar nos corações e mentes de todos e de seus familiares, mas é lamentável em Rondônia a ausência de um ou dois nomes de atletas por modalidade esportiva, que logicamente seriam indicados pelas Federações. Em Porto Velho, ocorreram injustiças grosseiras, como a feita contra a ex-jogadora do futebol feminino olímpico “Neném” que ficou de fora.
Eu responsabilizo a SECEL e SEMES, porque o Comitê Olímpico Brasileiro e o Comitê Olímpico Internacional, além dos patrocinadores Bradesco, Coca-Cola e Nissan, não tinham informações dos destaques do esporte em Rondônia. Coube à SECEL e à SEMES indicar. Imagino que quem fez a lista dos condutores seja um pouco desinformado. Será que esse alguém da banca já suou a camisa praticando algum esporte? É grande insensatez preterir atletas, técnicos, dirigentes e professores de educação física que possuem legitimidade por serem do mundo esportivo, e que historicamente trabalham pelo esporte do nosso Estado, que se dedicaram anos e anos, horas diárias e exaustivos treinamentos, visando representar o Estado de Rondônia e o país.
Atletas de várias modalidades elevaram o nome do nosso estado custeando do próprio bolso despesas pessoais e de seus familiares. Quem foi campeão e chegou ser competidor de alto nível sabe da emoção de subir ao pódio. Alegria, dedicação, vencer, triunfar, lutar, superação, motivação, vibração, otimismo, civismo, amor, garra, sacrifício, renúncia de muitos coisas, espirito esportivo que transformam homens e mulheres em verdadeiros cidadãos e heróis. São sentimentos que só o esporte possui objetivando a integração e união entre as nações e pessoas.
Rondônia possui poucos heróis esportivos, ainda assim temos medalhistas olímpicos, campeões brasileiros, recordistas brasileiros, títulos internacionais, nacionais e regionais em algumas modalidades e no para-desportivo. Eu Pedro Nazareno, ciclista profissional rondoniense, por exemplo, detenho o recorde brasileiro da prova de 1000 metros contra o relógio, na época fui selecionado para as olímpiadas de Los Angeles-Estados Unidos.
Fui cortado da delegação por não ter prática de correr em velódromo, o meu recorde tinha sido em linha reta dia 07 de dezembro de 1980 na cidade de João Pessoa-PB. Eu, meus amigos ciclistas da década de 70,80 e 90 conquistamos por cinco vezes a copa norte e nordeste, prova Archer Pinto, prova internacional da Amazônia, eventos regionais e outras provas do calendário brasileiro de ciclismo. Lembro-me, que os vereadores Lourival Muniz e Lucivaldo Souza, homenagearam com o título de “amigo do esporte”, uma honraria da Câmara Municipal de Porto Velho aos atletas, dirigentes, técnicos e jornalistas que contribuíram com desenvolvimento do esporte.
Na realidade em Rondônia falta políticas públicas para desenvolvimento do esporte, nos últimos anos entra governos e mais governos, prefeitos e mais prefeitos e o que temos visto é a pasta do setor de esporte sendo usada para cumprirem compromissos políticos de campanhas. Geralmente os indicados são pessoas sem vivencia na área, assumem a pasta e ficam perdidos, prometendo o que não podem cumprir, é pena que ainda aconteça isso, pois aqui na nossa terrinha temos muitos gestores e técnicos, que não são aventureiros, não caíram de paraquedas no meio esportivo, e que tem o DNA do esporte. Diferente de alguns secretários que passaram pela SECEL e SEMES, que se locupletaram do cargo e desempenharam pessimamente suas funções, que deveriam ter sido ocupadas por autênticos técnicos gestores do esporte.
Sempre tivemos em Rondônia profissionais que estudam sobre o esporte, lazer e atividade física, enfim, por quem entende de esporte. Não é função para ser desenvolvidas por aventureiros, incompetentes e péssimos gestores. Vamos continuar na esperança que um dia isso possa mudar. A SECEL está sempre no início de cada ano, reunindo e solicitando das Federações a legalização jurídica, projetos, calendários e proposta financeira para execução em parceria de algumas atividades. Os presidentes de federações vão ficando a uma longa espera, porque o tal apoio nunca chega principalmente quando uma delegação ou uma equipe precisa de passagens para representar o estado, as vezes a SECEL paga os serviços de arbitragem para alguns eventos.
Dirigentes e atletas se preparam tanto por meses, mas na hora “H”, na véspera da da competição ouvem das autoridades que não tem como o Estado ou o Município ajudar, com a justificativa que nunca tem recurso. E olha gente, esta ladainha é muito antiga. Voltando o assunto da tocha, nós do ciclismo nos sentiremos representados pelos poucos atletas que foram convidados.
Ex-Ciclista Profissional
Servidor Público Federal
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