Terça-feira, 21 de agosto de 2012 - 05h56
Heródoto Barbeiro
Os filmes de ficção contam histórias de policiais ou agentes do Estado que têm autorização para matar. Outros agentes se sentem autorizados a negociar com bandidos. Outros ainda se consideram autorizados a ficar com uma parte dos recursos públicos que gerenciam. A arte imita a vida. Os cidadãos acima de qualquer suspeita andam pelos corredores escuros da administração pública na certeza que nunca vão ser se quer perguntados quem os autorizou a movimentar o dinheiro do Estado. Uma parte dele vai para os cofres particulares, sem qualquer remorso ético. É um reconhecimento do sucesso de uma carreira política, almejada por muitos, mas apenas uma pequena parcela consegue chegar lá. Como um grupo de zangões, só um fecunda a rainha.
A apropriação do aparelho e do cofre do Estado pelos políticos é entendido como um mal atávico. Não tem jeito. Sai um, entra outro, e como diz o dito popular, mudam apenas as moscas. Ou como dizia no passado o melhor partido de oposição que o Brasil já teve, é tudo farinha do mesmo saco. Uma frase atribuída a filósofa Avn Rand resume bem a situação :” Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem não negocia não com bens, mas com favores: quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e influência, mais do que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em um auto sacrifício, então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”. É uma versão feminina do desabafo do Rui Barbosa : “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto."
A sociedade brasileira não está condenada. Está se organizando para construir uma democracia moderna e atuante e um Estado que responda aos desejos dos cidadãos que pagam seus impostos. É verdade que é um longo caminho. Falta base educacional e cultural e isso não se constrói de uma hora para outra. E eles sabem disso, sabem da fraqueza da cidadania e portanto se autorizam a cometer os crimes que acham que devem cometer. Afinal eles fizeram as leis para eles mesmos, por isso elas não os alcançam.
Heródoto Barbeiro - escritor e jornalista da RecordNewsTV
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