Sexta-feira, 3 de julho de 2015 - 15h19
Superintendente da Fiero, Gilberto Baptista,
conclama união da classe política
e empresarial pela redução das tarifas
A crise econômica que assola o Brasil agrega um componente ainda mais perverso ao setor industrial: o impacto financeiro gerado nas operações em função dos altos reajustes da energia elétrica vendida às indústrias. Em Rondônia, há uma grande reclamação do setor industrial quanto aos impactos gerados pelos constantes reajuste na tarifa de energia e um questionamento dos empresários do setor.
Os empresários do setor industrial indagam se, mesmo com duas das maiores usinas hidrelétricas do mundo construídas no leito do rio Madeira, deixando um rastro de problemas sociais, não seria o caso de Rondônia conquistar o direito de ter uma tarifa mais baixa para impulsionar a industrialização do estado.
Nesse sentido, a Federação da Indústrias de Rondônia (Fiero) faz acompanhamento permanente da evolução dos custos dos insumos das indústrias e empreende programas, cursos e treinamentos que orientam os empresários - sobretudo os de menor porte – a adotar medidas para economizar energia e outros itens que elevam o preço da produção.
De acordo com dados apresentados pelo superintendente da Fiero, Gilberto Baptista, apesar da ‘grita’ geral contra a tarifa de energia de Rondônia, ela ainda está abaixo dos preços praticados em pelo menos outros 11 estados. De acordo com dados compilados pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) do ano de 2015, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Minas gerais, Mato Grosso, Pará, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná tem o kilowatt/hora mais caro que o de Rondônia.
Baptista esclarece que nesta pesquisa da Firjan fica demonstrado que, enquanto em Rondônia o valor do quilowatt/hora está sendo comercializado R$ 508,36, no Rio de Janeiro este valor sobe para R$ 653,27, no Espírito Santo vai a R$ 639,28 e, no Mato Grosso, chega a R$ 630,52.
O superintendente da Fiero adianta ainda que o impacto do custo da energia na produção industrial de Rondônia é um inibidor da geração de emprego e renda e da expansão da industrialização do estado. Gilberto Baptista, no entanto, ressalta que, com o trabalho que a Fiero realiza junto ao Governo do Estado e da Assembleia Legislativa, foi possível a conquista de um lenitivo que é um ICMS com alíquota menor para comercialização da energia elétrica para o setor produtivo.
“É hora da classe política se unir a classe empresarial e lutar por tarifas mais justas para o setor produtivo e para a população como um todo”, pontua o superintendente da Fiero.
Fonte: Ascom / Fiero / Carlos Araújo
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