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Densidade eleitoral de Fátima pode decidir prévias do PT


  

Gente de Opinião Com um capital de cerca de 75 mil votos para senadora, grande densidade eleitoral, discurso conciliador, trajetória bem sucedida desde os 18 anos como militante, educadora, autora num mandato de 4 anos de projetos de lei para de criminalização de atos de homofobia e da emenda constitucional que prevê a transposição de cerca de 20 mil servidores estaduais e municipais para os quadros da União, além de credenciada a vencer as eleições municipais no primeiro turno no confronto direto com outros eventuais candidatos, foram alguns dos requisitos apontados pelos oradores das mais diferentes correntes ideológicas que compareceram sexta-feira (2) à noite ao ato do anúncio oficial do nome da ex-senadora Fátima Cleide, na disputa das prévias pela indicação do candidato do Partido dos Trabalhadores à prefeitura de Porto Velho.

Decisão difícil – admitiu -, mas que encerrou uma dúvida pessoal e de correligionários do partido a quem necessitou recorrer nas horas de incerteza, após seu principal aliado, o professor Davi Nogueira, uma espécie de fiel escudeiro da primeira mulher rondoniense eleita senadora, ameaçar desistir.

A dúvida, no entanto, se desfez mesmo foi diante de cerca de duas centenas de filiados, simpatizantes, colegas de escola e de faculdade, e de professores como Jorge Badra, citado como um dos responsáveis por suas primeiras reflexões políticas.

Todos ali, a aplaudir menções e relatos sobre uma trajetória de lutas ao lado de “ex-companheiros” como Eduardo Valverde, Odair Cordeiro e Ely Bezerra. Ansiosos, era bem verdade, e espremidos num auditório que caberia no máximo 100 pessoas. Mas lotado de militantes e simpatizantes comprometidos com a nova causa, anunciada em poucas palavras e em tom de convocação geral pela anfitriã, num ambiente decorado com balões (bexigas) vermelhos, bem ao gosto dos adeptos.

Bexigas coloridas, que contribuíram para atrair muito mais a atenção das crianças, companhias inseparáveis dos pais e avós que ali compareceram para ouvir a boa nova: o relato do novo pacto político de Fátima Cleide com as bases e as entidades representativas da sociedade civil organizada.

Sim, um esboço do compromisso para dar continuidade às ações de modernização de Porto Velho, com a máxima transparência na aplicação dos R$500 milhões alocados pelos parlamentares do PT e do PMDB no último governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e consignados no Plano de Aceleração do Crescimento, mantido pela “presidenta” Dilma Rousseff para tornar Porto Velho uma cidade mais moderna e “boa de viver”.

Nesse aspecto, o compromisso de Fátima Cleide conquista antes mesmo do encerramento do ato, uma adesão importante do ponto de vista da formatação de uma grande aliança partidária. O primeiro aceno de uma nova aliança veio logo depois da distribuição das bexigas coloridas aos filhos e netos dos presentes, na esteira do discurso de improviso do professor Francisco Pantera, reconhecidamente um influente dirigente do Partido Comunista do Brasil (PC do B) em Rondônia, e cabo eleitoral imbatível na técnica do corpo-a-corpo de campanha para angariar votos.

Com as alianças, a falta de dinheiro para a campanha que se avizinha é compensada pela força da militância e ampliação do arco de adesões, diante da possibilidade do ingresso, também, de outras forças do coletivo social como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Sindicato dos Urbanitários, uma ala do Sindicato dos Professores, Movimento LGBT, Comunidades Eclesiais de Base e vários membros das Executivas Estadual e Municipal do PT.

Fátima Cleide, o segundo nome da cédula eleitoral para as prévias do dia 25 de março de 2012, acabara, assim, de se credenciar com a quase unânime aprovação de todos a disputar as prévias do PT e ser, provavelmente, a sucessora do prefeito Roberto Sobrinho, espécie de guru que a inspirou a aderir ao trabalhismo – espaço onde a política é praticada para defender os interesses dos trabalhadores - para tanger os objetivos do novo compromisso de arrebanhar toda a militância e os simpatizantes da legenda, se tornando a primeira mulher a assumir o Palácio 31 de Março.

Concorrerão às previas com Fátima Cleide, no próximo dia 25 de março, com a supervisão da Executiva Nacional, de acordo com o deputado federal Padre Tom, os petistas José Neumar, Miriam Saldaña e Cláudio Carvalho.

Fonte: Blog do BIDU do jornalista de Opinião Abdoral Cardoso

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