Segunda-feira, 20 de julho de 2015 - 07h38
Professor Nazareno*
O Brasil desde 1985, ou seja, há exatos 30 anos, está vivendo um regime democrático. Nunca antes nos nossos mais de 500 anos de História tivemos “essa civilidade” por tanto tempo. Mesmo aos trancos e barrancos, o nosso país é reconhecido internacionalmente como uma democracia. Mas já há muitas pessoas incomodadas com tanta liberdade. Aves agourentas já pedem abertamente a volta daqueles tempos de chumbo sem ao menos perceber que para os males da democracia o único remédio é mais democracia. O presidente da Câmara dos Deputados rompeu recentemente com o Palácio do Planalto. A corrupção tomou conta das principais repartições públicas de Brasília e do país. O PT, partido que está há pelo menos 13 anos governando o Brasil, tem vários de seus dirigentes presos na Operação Lava-Jato. Problemas não nos faltam.
Como se não bastasse todo este cenário apocalíptico que estamos vivendo, a presidente Dilma Rousseff está com índices baixíssimos de aceitação popular, a economia está em bancarrota, greves pipocam diariamente no serviço público, a inflação insiste em rondar a casa dos brasileiros e nunca houve tanto desemprego como agora. Talvez por tudo isso e por saudosismos daqueles tempos bicudos, o clamor pela volta dos “milicos” tem se intensificado pelo país afora. Mas imaginemos que a conjuntura política internacional mudasse de uma hora para outra e tivéssemos um golpe militar igual ao de 1964. Os urutus nas ruas até que mudariam a paisagem insossa e deprimente que temos visto ultimamente. Como ficariam as coisas? Muitos dizem categoricamente que melhorariam. Será que os generais nos administrariam tão bem?
Censura à mídia, eleições indiretas, torturas, cassações, DOI-CODI, cerceamento das liberdades individuais, perseguição à oposição, mortes, espancamentos, controle do Legislativo e do Judiciário, conchavos, endividamento externo, proibição de greves, manifestações e também, para não fugir muito à realidade atual, muita corrupção, ataques ao Erário e roubalheiras. Tudo isto seria parte da nossa nova realidade. Com os militares dando as cartas em Brasília, todos os governadores, prefeitos de capitais e senadores, eleitos de forma democrática, seriam substituídos automaticamente. Para administrar Porto Velho, seria indicado o médico Mauro Nazif. Político experiente e de grande aceitação popular, Nazif mudaria, enfim, a cara da capital dos rondonienses. Para governador de Rondônia o indicado seria o médico do Tocantins, Confúcio Moura.
Na nova ordem política nacional, todos os sindicalistas seriam presos, torturados, processados e exilados. A OAB seria extinta e qualquer advogado que ousasse defender o PT, o PMDB, a CUT ou qualquer outra “entidade subversiva” seria sumariamente perseguido e expulso do país. Nas escolas, voltariam as disciplinas Educação Moral e Cívica e OSPB. Todos os dias o Hino Nacional seria cantado e a “ordem” voltaria ao ambiente pedagógico. Suspensa, a Constituição seria logo substituída pela Bíblia. E nada de Estado laico. Todos os homens, por motivos óbvios, não poderiam deixar a barba crescer. E quem tivesse nove dedos nas mãos, seria considerado inimigo do Estado e enquadrado na Lei de Segurança Nacional. O odiado Professor Nazareno, claro, não mais escreveria suas sandices e da Bolívia administraria suas muitas igrejas evangélicas espalhadas pelo país. Por que os militares não voltam?
*É Professor em Porto Velho.
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