Domingo, 11 de setembro de 2016 - 00h15
Mesmo sem nenhuma prova de enriquecimento pessoal, mesmo sem nenhuma prova de ter se valido de vantagens pessoais no seu cargo de presidente da República, mesmo tendo voltado a viver no mesmo apartamento do qual saiu para ser o presidente de mais sucesso e prestígio no Brasil e do Brasil no mundo – mesmo com tudo isso, Lula tem que ser acusado, processado, considerado culpado e condenado.
Se não acontecer isso, com a ação discriminatória do Judiciário, da PF, da mídia, do Congresso, não será possível dizer que todos os políticos são imorais, que todo líder popular conquista o apoio popular na base de fraudes. Não será possível justificar que se instale no Brasil um governo de corruptos, de ladrões, de golpistas, sem apoio popular, como se o país estivesse condenado a ser manipulado por essa corja de mafiosos.
Se Lula for candidato de novo e o povo reconhecer, uma vez mais, nele, sua liderança, não será possível dizer que o contato com o Estado corrompe a todos, que os governos servem para enriquecer aos políticos e mais ainda aos milionários, mas que é possível promover os direitos de todos, incluindo também os mais pobres na esfera dos direitos essenciais garantidos pelo Estado.
Se Lula não for condenado, mesmo com provas forjadas, com juízes que representam os piores interesses da elite brasileira responsável por manter o pais no Mapa da Fome, então se provará que um presidente pode atender os interesses de todos, que não é necessário governar para os ricos e contra os pobres. Fica comprovado que o Brasil não precisa se submeter aos desígnios do mercado, do capital especulativo e do FMI. Que pode e deve retomar o desenvolvimento econômico com distribuição de renda, modelo escolhido pelo povo em eleições diretas quatro vezes consecutivas.
Se Lula não se enriqueceu como presidente, se não traiu os interesses do povo, se é o único político que mantém imenso apoio popular e a confiança do povo, com mais razão precisa ser condenado, porque essa imagem é insuportável para as elites tradicionais brasileiras. Porque estas precisam recuperar o controle do Estado e voltar a governar para elas mesmas e contra os direitos conquistados pelo povo neste século.
Para impedir que de novo um governo democrático, popular, soberano, se instale no Brasil, é preciso tirar Lula da vida política, não importa da forma que seja. Não adianta forjar rejeições dele em pesquisas fajutas. Acreditassem nas pesquisas que forjam, não necessitariam tirá-lo da vida política. Bastaria derrotá-lo em disputa democrática, pelo voto popular. Não haveria pior derrota para o Lula e maior vitoria para a direita.
Mas a direita sabe que, como perdeu com Serra duas vezes, com Alckmin, com Serra, com Marina, perderão de novo, com qualquer um deles ou com outro engendro. Por isso precisam forjam uma condenação ao Lula. Para isso contam com o STF, com Janot, com Moro e com todos os que se dispõem a passar à história como serviçais das minorias dominantes, do que de pior o país já produziu e que precisa das atitudes subservientes desses seus comparsas, para voltar a submeter o Brasil aos interesses do 1% dominante, que só pôde voltar ao governo por um golpe, promovido e acobertado por facção autoritária das classes dominantes.
Um fantasma percorre as mentes dessas elites dominantes, dos seus políticos, dos donos da mídia, dos juízes, dos policiais – o fantasma do Lula, que é preciso condenar, diante da impossibilidade de destruir, se a democracia for reinstaurada no Brasil.
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