Segunda-feira, 22 de junho de 2015 - 12h44
JUVENIL COELHO
Por mais que não queiramos admitir, estamos de vez vivenciando o mundo do faz de contas, das enganações, da degenerativa violação de todas as coisas. Da descartabilidade das amizades e do companheirismo, do imediatismo e da corrida emergencial aos interesses iminentes pecuniários. Como espelho refletor deste descalabro, basta nos atermos a principio as disseminações estapafúrdias, das organizações não governamentais , e também das industrias, se possamos dizer, pseudo progressistas, de materiais obsoletos do livre mercado. Contudo nas áreas do conhecimento como das artes, não é diferente, nos remetendo ao consumismo inveterado, de bugigangas abomináveis, a se ter a noção exata de que o mundo virou sim, de ponta cabeça. Na verdade o homem moderno decidiu priorizar as potencialidades somente em termos quantitativos, em detrimento das ações qualitativas, na justificativa furada de querer lucrar mais , em menor tempo e espaço. Em miúdos isto vale dizer que estamos trocando o bonito pelo feio, o certo pelo errado ou ainda, que resolvemos não valorizar mais o trabalho honesto, os princípios éticos e morais e muito menos as doutrinas e preceitos que regem a pura dignidade.
Mas enfim optamos preferencialmente por concentrarmos esforços nesta tese, sobre as coisas mais concretas, em vista de serem mais visíveis, aos olhos dos inescrupulosos. A exemplo no campo da construção civil, da arquitetura da escultura ou mesmo das artes modernas , deixamos de primar pela sustentabilidade razoável. Pecamos na seleção das nossas boas musicas, que deveriam nos servir somente para alimentar nossa alma, hoje optamos pela busca diabólica dos gêneros que só nos incitam aos trejeitos sexuais . No esporte pagamos caro para sermos deveras manipulados no dia a dia, o recente escândalo da FIFA, fala por todos os demais , que nem merecem aqui maior deferência. Por conta desta falta de apreço pelas requintadas preciosidades, sumiram até as expoentes obras contemporâneas, por conseguinte , os baluartes atores, mestres e maestros perderam suas identidade. Embora tenhamos que respeitar a história, em suas determinadas épocas e momentos, o que se ver como decorrência é um mundo sem controle, países e estados economicamente quebrados.
A crescente busca pelas riquezas ilícitas ou mesmo das drogas pelos nossos jovens como soluções paliativas, sucumbe com todos os bons predicados abençoados pelo criador. Sem duvidas motivado por uma pitada de saudosismo nos ressentimos da perda de nossos eternos lideres. Daqueles que se perpetuaram na fama, seja na pintura, no cinema ,nos esportes, em especial no futebol, que sempre foi nossa coqueluche. Assim querer culpar a um ou a outro pelas mazelas não traz solução, até porque depois que o carnavalesco Joãozinho Trinta, arrasou na marques de Sapucaí com o enredo e tema o luxo do lixo, não temos muito o que esperar em termos de reabilitação social.
Na prática está havendo uma verdadeira deturpação dos valores e das boas essências, não só nas artes plásticas, mas em todos os setores, na maioria das vezes incentivado pelos deploráveis jogo da mídia extravagante. Influencia a parte, ou não, o certo é que diante deste medíocre comportamento nos vimos obrigados a engolir as fictícias obras do executivo público, feitas de tapumes , pedras de sabonete, ou mesmo de lamas asfálticas , a exemplo dos grotescos pavimentos cascas de ovos, que mesclam nossas ruas e avenidas. Ou que sejam conjuntos habitacionais cobertos de lonas reciclada , ou ainda , embelezamento de nossas praças, com ornamentos e adornos natalinos, manufaturados de garrafas pets descartáveis . Em meio a tantas filuras e aberrações pelo menos duas classes de profissionais se dão ao luxo de estarem em alta nas suas presumidas atividades. No que pese serem motivadas pela crescente expectativa da média de vida, de nossa espécie humana. São eles os cirurgiões plásticos faciais e os operadores dos institutos de beleza, que transformam de forma milagrosa os velho s, homens e mulheres em novas pessoas, em rostos sem rugas e nem marcas do passado.
Dando longevidade e beleza aos mais vaidosos. Lamentável que dentro da mesma propositura a equipe econômica do governo federal não encontre meios para burlar o rombo da previdência social, orçado para atingir cifras exorbitantes nas próximas décadas com pagamento de aposentadorias e benefícios, também segundo eles. Causados pela mesma expectativa de vida. Será que vamos ter que apelar outra vez para o santo milagreiro, São Expedito, Ou o ministro da fazenda, Dr. LEVY, vai salvar a pátria amada.
O autor é jornalista e diretor do Instituto PHOENIX de pesquisa descritiva.
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