Sábado, 21 de abril de 2012 - 20h55
A imprensa brasileira tem mostrado maturidade e também estar à frente dos órgãos e instituições fiscalizadoras, a ponto de vencer décadas de ditadura militar e romper agora, nos governos democráticos e os seus poderios de bilhões de reais revelados por esses exemplos de corrupção. Os jornalistas provaram estar à altura e importância do momento, mostraram estar cientes das suas responsabilidades das grandes causas sociais, além de contrabalançar as mídias governamentais, quase sempre tentando mostrar transparências onde não existe e serviços públicos eficientes, quando na verdade o povo sofre, por descasos governamentais e serviços extremamente deficitários.
O Brasil sempre será uma nação de vanguarda e de novas oportunidades, refletindo positivamente nos momentos econômicos, no surgimento de fortes segmentos produtivos, melhorando o poder de ganhos das populações regionais e inserindo cada vez mais pessoas, as chamadas classes sociais ricas. Ser emergente é um aviso de mais responsabilidades e também um alerta para a necessidade de investir maciçamente na educação das novas gerações, sob pena, de chegar um novo futuro e colher frustrações sociais em todos os parâmetros econômicos e classes sociais.
Democracia plena não significa abrir mão da autoridade do “Estado”, em punir os corruptos, corruptores e os grupos sociais desajustados. Aí, o Brasil começa a pecar, por não ter construído, lá no passado da ditadura militar, uma elite de líderes com visões sociais voltadas para o bem comum do povo e do Brasil. Essas bandalheiras atuais são reflexos diretos, do poder ter chegado às mãos de pessoas desajustadas moralmente, de grupos politicamente corretos, porém, moralmente comprometidos com os seus próprios interesses pessoais.
Agora que o futuro do período da ditadura chegou, essa elite dominante, esses grupos políticos das esquerdas, com pleno poder de mando, salvos algumas exceções, não souberam construir um projeto político verdadeiramente voltado para combater as mazelas recorrentes e dar exemplos de ética. Apenas usaram o subterfúgio da miséria popular, para criar uma massa eleitoral de votos de cabrestos e justificar essa verdadeira orgia de corrupção e maracutaias praticadas contra o erário nos últimos anos de governos civis.
Ainda, o nosso Congresso Nacional dá fortes exemplos negativos de ser compostos de políticos sem estruturas morais, quem sabe, por serem frutos dos esquemas nas bases dos municípios e dos estados. A grande maioria dos congressistas foram prefeitos, vereadores, deputados, secretários, governadores e ou empreiteiros ligados aos serviços públicos, na sua grande maioria, acostumados a praticar ilícitos com o erário, (malfeitos), e estar aculturados, “que isso não dá em nada” e quando alcança uma escala maior, uma dimensão de erário federal, aí, toma corpo e consequências como assistimos no Brasil da era Lula e Dilma.
A imprensa registrou que o então político, Luiz Inácio Lula da Silva, então sindicalista e deputado federal disse que não voltaria ao Congresso Nacional, haja vista, que lá era a casa de 300 políticos picaretas. O tempo passou, esse cidadão chegou ao poder máximo do Brasil e sem um projeto político consistente, ousou se aliar as grandes elites corruptas do tal “Congresso dos 300 picaretas” e desencadeou o tal mensalão e depois, para eleger a senhora Dilma, uma ilustre desconhecida das massas eleitorais, o segundo governo do fisiologismo pleno, com a divisão dos ministérios e os seus orçamentos aos blocos aliados, as legendas que aceitassem formar uma “governabilidade”.
Os 300 picaretas e as elites de empreiteiros e fornecedores atrelados ao grupo dominante dos últimos nove anos, souberam dominar os fluxos do erário, justamente com uma corrente de corrupção, que chegou ao mensalão, depois a eleição da senhora Dilma-PT e agora, a CPI do Carlinhos Cachoeira.
O Brasil com as suas continentais potencialidades agrícolas, minerais e sociais alcançou crescimentos tributários satisfatórios, porém, quando olhamos com os olhos longe das paixões partidárias, avistamos um país com as mazelas recorrentes de sempre, com mais de 30 milhões de cidadãos sendo enganados pelo fanatismo partidário, pelo populismo e pela mídia muito bem paga pelas elites de banqueiros, empreiteiros do PAC, com a divulgação de popularidades e pesquisas que agrada o ego somente dos tolos, que estão no poder.
A violência mata mais brasileiros que todas as atuais guerras no mundo. As drogas matam mais jovens no Brasil que todos os atuais conflitos mundo a fora. Os péssimos serviços de saúde pública contribuem para mais mortes de contribuintes, que o uso de armas nas guerras religiosas do oriente médio. Os indicadores oficiais mostram que na última década (era PT, PMDB e demais partidos aliados), mais de 800 mil brasileiros foram fuzilados nas ruas dos nossos municípios ou morreram por falta de assistência médica nos hospitais públicos. “Olha que nas ruas do Brasil, os chamados “mendigos” ou brasileiros sem teto, subiu de pouco mais de 1 milhão, para 3 milhões, só na era do governo Lula e Dilma”.
Quase dez anos já se passaram e os movimentos dos sem terra (MST e Outros) continuam denunciando as mazelas e violências pela luta por um pedaço de chão. Esses movimentos continuam invadindo os órgãos públicos para protestarem contra os descasos e total falta de ação do governo federal do PT.
Em resumo, estamos comprovando que na última década do PT, PMDB e base aliada no poder, as únicas coisas que cresceram foram às mazelas recorrentes, foi a ineficiência plena do “estado” em agir para construir políticas públicas, foi a corrupção generalizada em todos os níveis. Houve o crescimento assustador da violência e das drogas e também a impunidade dos corruptos e corruptores.
Quem sabe, essa turma acostumada à impunidade, não mediram as reais consequências dos últimos dois governos fisiologistas, montados em beneficio de todos os membros da “governabilidade”. Foram além das atribuições políticas de representação, não só iam pedir benefícios sociais aos seus estados, como também nomeavam os ministros e manipulavam obras, serviços, licitações e esquemas de desvios dos recursos sociais.
É provável que a atual CPI da corrupção, que envolvem Congressistas, Obras do PAC, (Programa de Aceleração da Corrupção), ministros, servidores, empreiteiros e os governos estaduais, não punirá os verdadeiros “beneficiários”, os caciques políticos e partidários, porém, serviu para mostrar a força da imprensa brasileira e o nível de responsabilidade da grande maioria dos profissionais, os jornalistas e os seus veículos de comunicação.
Fonte: João Serra Cipriano - Email: ciprianoserra@yahoo.com.br
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